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Saúde

- Publicada em 28 de Junho de 2017 às 22:46

Parque Belém precisará mudar gestão para reabrir

Hospital tem leitos para receber até 242 pacientes, mas está fechado

Hospital tem leitos para receber até 242 pacientes, mas está fechado


MARCELO G. RIBEIRO/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Totalmente fechado há mais de um mês, o Hospital Parque Belém (HPB), no bairro Belém Velho, na Zona Sul de Porto Alegre, pode ter suas portas reabertas a partir de nova contratualização com a prefeitura e o governo do Estado.
Totalmente fechado há mais de um mês, o Hospital Parque Belém (HPB), no bairro Belém Velho, na Zona Sul de Porto Alegre, pode ter suas portas reabertas a partir de nova contratualização com a prefeitura e o governo do Estado.
Em audiência pública ocorrida ontem, o presidente da mantenedora do HPB, Luiz Augusto Pereira, concordou em atender à exigência do poder público de que haja uma troca na gestão. Na ocasião, também foi criada a Frente Parlamentar pelo Hospital Parque Belém.
O encontro, promovido pela Câmara de Vereadores, foi realizado um dia depois de reunião entre o secretário municipal de Saúde, Erno Harzheim, e o secretário estadual de Saúde, João Gabbardo, na qual os gestores buscaram saídas para reabrir o hospital. Apesar de anunciarem a parceria estratégica por redes sociais, nenhum dos dois secretários esteve na audiência, o que gerou indignação até entre parlamentares aliados aos governos, como André Carús (PMDB) e Humberto Goulart (PTB).
Estado e município pretendem fazer um financiamento conjunto para reabrir o Parque Belém. A abertura, conforme gestores, depende de acordo comercial com os mantenedores que exima a nova administração de responsabilidade frente a passivos financeiros e judiciais. "Conversei com o Gabbardo e marquei uma agenda para formação de proposta de empresa comercial ou solução alternativa para a gestão. A mantenedora está de acordo em abrir mão da administração", diz o deputado estadual Tiago Simon (PMDB), presente no lançamento da frente parlamentar.
O presidente da mantenedora do Parque Belém afirmou estar de acordo com a gestão compartilhada. "Será uma parceria público-privada, com a mantenedora sendo a parte privada; o Estado e o município, a parte pública; e podendo haver um terceiro ente, com expertise em gestão", pontua. Pereira estima um custo de R$ 600 mil para abrir a emergência com 20 leitos, e de R$ 400 mil para a abertura dos 20 leitos da UTI.
O Parque Belém tem capacidade para 242 pacientes. Até o mês passado, mantinha 20 leitos de saúde mental abertos, particulares e por convênio. Quando foi fechado, o hospital demitiu 40 funcionários e transferiu as 15 pessoas internadas para outros locais. Atualmente, 10 pessoas trabalham no Parque Belém, todas em áreas administrativas. O estabelecimento não atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde o ano passado.
O diretor administrativo do hospital, Luiz Carlos Santos, aponta a abertura de 33 leitos no Hospital Vila Nova, também na Zona Sul, como uma medida necessária para impulsionar o funcionamento do Parque Belém. "Não estamos pedindo dinheiro, apenas um apoio inicial", enfatiza.

Vereadores criticam ausência de secretários em audiência

No final de abril, uma reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara de Vereadores estabeleceu prazo de um mês para que mantenedora e município entregassem proposta de viabilização da abertura do Parque Belém. "No transcurso desse tempo, o hospital acabou fechando, e a proposta nunca veio, nem de um lado, nem de outro", afirma o vereador André Carús (PMDB), presidente da comissão.
O vereador Thiago Duarte (DEM) criticou a ausência de Harzheim e Gabbardo na audiência e encaminhou ofício de convocação do secretário municipal, para que vá ao plenário da Câmara prestar explicações sobre o modelo de atendimento no Parque Belém.
Carús lamentou que o discurso feito em redes sociais não tenha ocorrido na audiência pública. "O mesmo anúncio feito na terça-feira poderia ter acontecido aqui, no Parque Belém, durante a criação da frente parlamentar. É incompreensível por que não vieram e por que não quiseram aproveitar a oportunidade", avalia.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, Harzheim não pôde comparecer à audiência devido a uma reunião com o Exército referente ao desafogo das emergências na Capital. Já a secretaria estadual informou que Gabbardo não havia confirmado participação, mas que está trabalhando para viabilizar a abertura do estabelecimento.

Frente parlamentar busca verba para Hospital do Câncer do GHC

Foi lançada ontem, em Brasília, uma frente parlamentar voltada para a construção do Hospital do Câncer do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), em Porto Alegre. Proposta pelo deputado federal gaúcho Jones Martins (PMDB), a frente teve adesão de toda a bancada gaúcha, que terá como tarefa garantir recursos para as obras, de cerca de R$ 100 milhões. Outros R$ 50 milhões devem ser investidos na aquisição de equipamentos. Quando em atividade, a unidade deve disponibilizar de 90 a 100 leitos pelo SUS.