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Saúde

- Publicada em 27 de Junho de 2017 às 22:27

Emergências do SUS seguem fechadas em Porto Alegre

Área do Conceição está superlotada há pelo menos duas semanas

Área do Conceição está superlotada há pelo menos duas semanas


JONATHAN HECKLER/JONATHAN HECKLER/JC
A administração do Hospital Restinga e Extremo-Sul (HRES), em Porto Alegre, anunciou ontem que a unidade está com restrições no atendimento adulto e pediátrico de emergência. Segundo o comunicado, todos os leitos da emergência estão ocupados e macas foram instaladas em salas de medicação para tentar dar conta dos atendimentos. Até o fechamento da edição, apenas casos de urgência estavam sendo atendidos pelo hospital.
A administração do Hospital Restinga e Extremo-Sul (HRES), em Porto Alegre, anunciou ontem que a unidade está com restrições no atendimento adulto e pediátrico de emergência. Segundo o comunicado, todos os leitos da emergência estão ocupados e macas foram instaladas em salas de medicação para tentar dar conta dos atendimentos. Até o fechamento da edição, apenas casos de urgência estavam sendo atendidos pelo hospital.
O fechamento no HRES complica ainda mais a já precária situação das emergências que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Porto Alegre, causada, principalmente, pelo aumento das enfermidades com as oscilações de temperatura no inverno. A reportagem do Jornal do Comércio constatou, durante a tarde de ontem, que outras sete unidades de pronto-atendimento estavam fechadas para novos pacientes. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), 29 pessoas aguardavam acesso a leitos de UTI, sendo 22 pacientes do Interior e sete da Capital.
No Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 88 pacientes aguardavam por internação na metade da tarde de ontem, enquanto outros 14 estavam em avaliação, somando 102 pessoas. A emergência para adultos tem capacidade para em torno de 45 pacientes. Outro hospital que atua em restrição máxima é o Nossa Senhora da Conceição, do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). A emergência estava com 95 pessoas em atendimento, quando a capacidade máxima prevista é de 64 leitos. A situação, segundo a assessoria do GHC, vem se arrastando quase sem alterações há duas semanas.
No atendimento adulto pelo SUS do Hospital São Lucas da Pucrs, a situação está igualmente precária. Com capacidade para 13 atendimentos, a emergência tinha 31 pessoas no fim da tarde de ontem. A ala pediátrica seguia recebendo pacientes. No Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, quem buscava atendimento era encaminhado a outros locais, já que a unidade estava superlotada, com 19 pacientes.
Os hospitais Santa Clara e Dom Vicente Scherer, ligados à Santa Casa, estão igualmente com atendimento restrito. No primeiro, 29 pessoas recebiam cuidados em um espaço planejado para 24 pacientes. No Dom Vicente Scherer, a situação é ainda pior: as 14 vagas disponíveis estão há muito esgotadas, com 35 internados aglomerados no local. A emergência do Hospital Ernesto Dornelles também está fechada, atendendo apenas casos de extrema urgência. A recomendação da direção é que a população procure outras unidades de saúde.
Na semana passada, a Secretaria Municipal de Saúde anunciou um plano para gerenciar o fluxo nas unidades superlotadas, transferindo pacientes de baixa complexidade internados em hospitais de grande procura para outras unidades, onde a busca por atendimento esteja menor. O gerenciamento das internações ficaria a cargo da Central de Regulação da prefeitura da Capital. No entanto, a iniciativa ainda não conseguiu ser plenamente implementada, e as dificuldades seguem ocorrendo.
Enquanto a situação não se estabiliza, a SMS pede que pacientes com casos menos agudos busquem alguma das 141 unidades de saúde do município, deixando para dirigir-se às emergências apenas em situações de sintomas persistentes ou de efetiva urgência, como infartos ou acidentes. A pasta garante que está em um esforço para ampliar a resolubilidade das consultas nas unidades, como forma de diminuir a procura a pronto-atendimentos e emergências.

Prefeitura e Estado discutem reabertura do Parque Belém

Uma parceria entre a prefeitura e o governo do Estado deve tentar reabrir os leitos do Hospital Parque Belém, na zona Sul de Porto Alegre, que interrompeu completamente os atendimentos em maio. Ontem, o secretário municipal, Erno Harzheim, e o titular estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, estiveram reunidos na sede da SMS para discutir uma parceria estratégica em torno da unidade, com cinco salas de cirurgia, equipamentos para diferentes especialidades médicas e capacidade para 242 pacientes.
A ideia é que o governo gaúcho financie a abertura de parte dos leitos, que atenderão pacientes do SUS e serão fiscalizados pela prefeitura. Antes da interrupção total do serviço, o Executivo estadual acenava com a contratação de pelo menos 30 leitos junto ao Parque Belém. Segundo a assessoria da Secretaria Estadual de Saúde, o compromisso depende de um acordo comercial entre a nova instituição interessada na gestão do Hospital Parque Belém com os atuais mantenedores do hospital, que não acarrete ao novo administrador assumir os passivos financeiros e judiciais da presente gestão.