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Geral

- Publicada em 25 de Junho de 2017 às 22:21

Empresários iniciam reforma em casa de bombas

Igor Natusch
Diante dos frequentes alagamentos, um grupo de empresários resolveu bancar por conta própria a reforma na casa de bombas número 5, localizada no bairro Humaitá, em Porto Alegre. A partir de hoje, começam as intervenções no local, responsável pela drenagem em uma área que vai desde a avenida Sertório até o entorno da Arena do Grêmio.
Diante dos frequentes alagamentos, um grupo de empresários resolveu bancar por conta própria a reforma na casa de bombas número 5, localizada no bairro Humaitá, em Porto Alegre. A partir de hoje, começam as intervenções no local, responsável pela drenagem em uma área que vai desde a avenida Sertório até o entorno da Arena do Grêmio.
A unidade conta com cinco bombas. Quatro delas são maiores, com capacidade de 800 cavalos cada uma, e uma menor, com a função de manter o nível do poço que recebe e armazena as águas que serão mandadas de volta para o Guaíba. No momento, apenas duas bombas funcionam parcialmente; as demais estão paradas por falta de manutenção.
"Cada chuva é um Deus nos acuda. Na última chuva, as vilas da região ficaram em situação muito precária, algumas ruas tiveram mais de um metro de acúmulo de água", afirma o presidente da Associação das Empresas dos Bairros Humaitá e Navegantes, Luiz Carlos Camargo. "Nós (empresários) somos muito atingidos pela falta de manutenção, mas não somos os únicos. As pessoas perderam móveis, roupas, tiveram danos em suas casas", enumera. Segundo ele, o Shopping DC Navegantes precisou ficar fechado por cerca de 24 horas, o que acarretou grande prejuízo aos comerciantes.
Em um primeiro momento, o objetivo é colocar as duas bombas paradas em pleno funcionamento, além de consertar o gerador de energia a diesel e fazer reparos nas grades de contenção, que impedem que as águas carreguem lixo para dentro do complexo. Três empresas foram contratadas para o serviço, a um custo de cerca de R$ 100 mil. A primeira medida é o içamento das bombas, que ficam cerca de 2,5 metros abaixo do nível do solo. A previsão é entregar a reforma até o final de julho.
Para tudo funcionar, porém, é necessário que o governo municipal faça sua parte, diz Camargo. "A prefeitura tem deixado claro que não tem dinheiro, então assumimos o conserto. Mesmo que seja obrigação do governo, não podemos apenas ficar reclamando. Mas, agora, esperamos que a prefeitura minimize os problemas nas galerias, nos dutos e bueiros. A água precisa chegar nas bombas", acentua.
O secretário de Serviços Urbanos da Capital, Ramiro Rosário, garante que a prefeitura está agindo para melhorar a situação dos sistemas de drenagem da cidade. Segundo cálculos do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), há um déficit de cerca de R$ 3 bilhões em investimento na rede e no reparo das casas de bombas. "Os aparelhos são dos anos 1960 e 1970, sem manutenção. De 88 bombas, apenas cerca de 40 funcionam em toda a cidade. A situação de todo o sistema de macrodrenagem é muito precária", admite.
A prefeitura, diz o secretário, assume o compromisso de fazer a manutenção das bombas reformadas, além de melhorias e limpezas na rede. Tratando a reforma promovida pela iniciativa privada como "uma grande iniciativa", Rosário diz que novas parcerias serão buscadas, em paralelo à busca de recursos junto ao governo federal. Outras parcerias com a iniciativa privada também estão no horizonte. "Não temos nenhum preconceito. Queremos que todos se unam para a solução dos problemas a cidade."
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