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Economia

- Publicada em 15 de Junho de 2017 às 10:34

Morre Paulo Bellini, um dos fundadores da Marcopolo

Bellini permanecia próximo à empresa como presidente emérito da Marcopolo

Bellini permanecia próximo à empresa como presidente emérito da Marcopolo


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Roberto Hunoff
O empresário e um dos fundadores da Marcopolo Paulo Bellini morreu na manhã desta quinta-feira (15) em Caxias do Sul. Bellini estava como presidente emérito da companhia. O empresário, com 90 anos, faleceu por volta das 7h no Hospital da Unimed, vitimado por uma infecção e onde estava internado desde a semana passada. O velório terá início às 15h desta quinta-feira, no Memorial São José, em frente ao Cemitério Público Municipal, e o corpo será cremado nesta sexta-feira, também às 15h.
O empresário e um dos fundadores da Marcopolo Paulo Bellini morreu na manhã desta quinta-feira (15) em Caxias do Sul. Bellini estava como presidente emérito da companhia. O empresário, com 90 anos, faleceu por volta das 7h no Hospital da Unimed, vitimado por uma infecção e onde estava internado desde a semana passada. O velório terá início às 15h desta quinta-feira, no Memorial São José, em frente ao Cemitério Público Municipal, e o corpo será cremado nesta sexta-feira, também às 15h.
Com forte ligação à Serra Gaúcha, o empresário chegou a reunir 800 convidados, em janeiro, para comemorar seu aniversário no Centro de Eventos da Festa da Uva. Bellii é um dos maiores símbolos do desenvolvimento econômico de Caxias do Sul. Faz parte de um grupo de lideranças que criou suas empresas nas décadas de 1950 e 1960, alinhadas com o início da estruturação da indústria automotiva no Brasil. A Marcopolo é, atualmente, reconhecida internacionalmente como uma das principais marcas de carrocerias de ônibus, com fábricas no Brasil e em mais oito países.
Nascido em Caxias do Sul em 20 de janeiro de 1927, o empresário viveu em uma família de oito irmãos. Formou-se em técnico em contabilidade e, em 1949, como sócio-gerente, fundou uma fábrica de carrocerias junto com os irmãos Nicola - a Nicola & Cia, que virou Marcopolo em 1968. Bellini assumiu, em 1954, a função de diretor-gerente e, em 1971, foi eleito diretor-presidente. Em 1977, passou a acumular também o cargo de presidente do Conselho de Administração. Em março de 2012, deixou a presidência do Conselho e passou à condição de presidente emérito da organização. Sua trajetória da empresa foi marcada pela quebra permanente de paradigmas, por forte determinação pela qualidade dos produtos e crescimento sustentado da empresa e pela valorização do ser humano.
Teve forte ação comunitária e em representações empresariais. Presidiu o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e o Centro da Indústria Fabril. Nesta função consolidou a criação da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul a partir da fusão com a então Associação Comercial e Industrial. Também presidiu o Conselho Superior da CIC. Em 2012, lançou o livro "Marcopolo: Sua viagem começa aqui", onde conta suas memórias. Perdeu, em agosto de 2013, a esposa Maria Célia Bellini, com quem teve dois filhos: Mauro e James.
Em nota, o Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás) manifestou profundo pesar pelo falecimento de Paulo Bellini. Segundo Jaime Lorandi, presidente da entidade, a cidade perdeu um líder e uma referência de pioneirismo da indústria de transformação e transportes, destacando sua responsabilidade pela liderança na geração de empregos e renda a milhares de trabalhadores e suas famílias por décadas. “O Brasil tem uma importante parcela de seu desenvolvimento social e econômico devidos ao empreendedorismo, à criatividade e à visão privilegiada de Paulo Bellini", citou Lorandi.

Randon recorda do amigo Bellini

Amigos de longa data e parceiros no empreendedorismo, Raul Randon, fundador e presidente do Conselho de Administração da Randon, e Paulo Bellini trilharam caminhos semelhantes. A primeira frase que vem à mente de Raul Randon, ao falar do amigo que se foi, é a de que "começamos juntos, éramos amigos, trocávamos ideias. Mas o tempo passa e um dia termina, mas a imensa obra do Paulo vai ficar representada numa empresa vencedora e nos milhares de empregos e famílias que vivem dela. Paulo nunca desanimou. Enfrentava as crises e saia delas mais forte. Sempre teve confiança no Brasil e lutou para promover o desenvolvimento e o progresso para que nossos jovens vissem futuro no País onde nasceram. Foi-se um grande cidadão".
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