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Entrevista com treinadora em linguagem n�o verbal, Luciana Schroeder sobre comunica��o n�o verbal. GE Entrevista com treinadora em linguagem n�o verbal, Luciana Schroeder sobre comunica��o n�o verbal. Foto: MARCELO G. RIBEIRO/MARCELO G. RIBEIRO/JC

A linguagem corporal como uma aliada

Luciana Schroeder, 45 anos, � treinadora em linguagem n�o-verbal pela Science of People (EUA) e especializada em coaching, neurolingu�stica e hipnose condicionativa. A profissional tamb�m � professora convidada por PUC e Unisinos em cursos de Extens�o e MBA. Em suas palestras e nessa entrevista para o Gera��oE Luciana explica um pouco mais sobre a import�ncia e os diferentes usos deste que para ela pode se tornar um superpoder para a comunica��o.

Luciana Schroeder, 45 anos, de Porto Alegre, é treinadora em linguagem não verbal pela Science of People, instituição dos Estados Unidos, e especializada em coaching, neurolinguística e hipnose condicionativa. A profissional também é professora convidada por universidades, como a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs) e a Unisinos em cursos de Extensão e MBAs. Em suas palestras, Luciana explica a importância do que, para ela, pode se tornar um superpoder em qualquer área. E relaciona esses ensinamentos à rotina dos empreendedores.
GeraçãoE - O que é linguagem não verbal?
Luciana Schroeder - Linguagem não verbal é toda forma de comunicação sem palavras. Como é que um bebê se comunica? Tu sabes se ele está brabo, incomodado, se ele está feliz e ele faz tudo isso com linguagem corporal. Isso é muito natural, muito inato do ser humano. A comunicação verbal aconteceu muito depois de a gente se comunicar. No tempo das cavernas, a gente se comunicava por expressão facial, por gestos, por postura, entonação de voz. Hoje, além disso, a gente usa os adornos. É maquiagem, óculos, bijuteria, joia, as nossas roupas. Tudo isso passa uma mensagem a nosso respeito. E essa linguagem é muito honesta, porque a gente pode dizer qualquer coisa. Uma pesquisa aponta que essa outra linguagem representa, no mínimo, 60% - e pode chegar a 80%. Há pessoas que, desde a infância, vêm exercitando e fazem isso muito bem. Dá para dizer a mesma coisa, com as mesmas palavras, mas o teu entendimento muda dependendo da emoção, dependendo do tom de voz, da maneira como o corpo se comporta.
GE - Como funciona no cérebro?
Luciana - Nós temos partes específicas do cérebro responsáveis pela decodificação, ou seja, a gente entende a linguagem corporal dos outros e a codifica. Somos muito bons em ler os outros, quando alguém revira os olhos, por exemplo, não está dando a mínima, não é? A gente consegue identificar quando uma pessoa é tímida, consegue identificar quando é uma pessoa confiante. Essa leitura é muito mais fácil para a gente. Onde é que tem a maior parte dos problemas? Em como a gente sinaliza para os outros as nossas emoções. É onde a gente mais se perde, onde a gente tem que exercitar com mais afinco.
GE - E isso também pode ser consciente?
Luciana - Sem dúvida nenhuma. Tu vais ter só um tempinho de desconforto, que é aquele momento que tu estás prestando atenção em ti, para ver quais são os sinais que tu estás enviando. E parar para prestar atenção no outro, que é uma coisa que a gente não tem como hábito. Em vez de estar tão focado em si, no que a gente quer falar, no que a gente está sentindo, começamos a prestar atenção e a nos colocar no lugar do outro.
GE - O que é que identificamos nessa linguagem?
Luciana - Conforto e desconforto. Tu vais conseguir identificar se uma pessoa está desconfortável, prestar atenção ao redor, no contexto, identificar qual é a causa do desconforto.
GE - Como pode ser aplicado aos empreendedores?
Luciana - Muitos dos empreendedores precisam de incentivo financeiro, então eles têm de vender uma ideia. É como no programa Shark Tank, que é um exemplo. Muitos conseguem um incentivo baseado na energia, no poder de vender o projeto deles, muito mais do que o produto em si. Uma boa linguagem corporal, tu saberes vender a tua ideia, é essencial. Porque ela pode ser maravilhosa, mas, se tu chegares na frente das pessoas e não te expressares bem, não vais conseguir incentivo. Porque tu estás representando o teu produto. Relacionamento com clientes tem a questão da sintonia, de entender. Até na contratação, ainda mais se for uma empresa pequena, tu precisas saber se a pessoa vai vestir a camiseta, se ela não está mentindo, não está 100%. E isso tudo passa pela linguagem corporal.
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