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Esportes

- Publicada em 22 de Junho de 2017 às 16:21

Estudo mostra influência das cotas de TV no balanço dos clubes brasileiros

'Gangorra' da dupla Grenal se refletiu também nos cofres

'Gangorra' da dupla Grenal se refletiu também nos cofres


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Um estudo feito pelo Itaú BBA (braço de atacado, tesouraria e investimentos institucionais do banco Itaú), com base nas finanças dos times de futebol brasileiros, indicou que 27 clubes faturaram ao todo R$ 4,3 bilhões em 2016, um aumento de 20% em relação a 2015. O principal motivo foi o valor arrecadado com cotas de TV. Há dois anos, as equipes embolsaram R$ 3,62 bilhões. Na dupla Grenal, a "gangorra" dentro de campo se refletiu também nos cofres, mesmo que de forma menos discrepante.
Um estudo feito pelo Itaú BBA (braço de atacado, tesouraria e investimentos institucionais do banco Itaú), com base nas finanças dos times de futebol brasileiros, indicou que 27 clubes faturaram ao todo R$ 4,3 bilhões em 2016, um aumento de 20% em relação a 2015. O principal motivo foi o valor arrecadado com cotas de TV. Há dois anos, as equipes embolsaram R$ 3,62 bilhões. Na dupla Grenal, a "gangorra" dentro de campo se refletiu também nos cofres, mesmo que de forma menos discrepante.
Se, no campo, 2016 foi bom para o Tricolor, com a conquista da Copa do Brasil, fora dele poderia ter sido melhor. As receitas cresceram 22%, muito em função do aumento das cotas de TV, que saltaram 33%. A venda de atletas cresceu 35%, valor relativamente baixo, representando apenas 6% do total. "Importante citar que o clube recebeu R$ 100 milhões de luvas da TV, lançadas por nós como não operacionais", observa o Itaú BBA. Entrou muito dinheiro nos cofres do clube em 2016, mas o valor foi todo gasto no futebol, enquanto as dívidas permaneceram estáveis. As despesas atingiram R$ 46 milhões e continuam contribuindo para drenar o caixa tricolor. "O Grêmio precisará de um ajuste e não parece que em 2017 o veremos", diz o estudo.
Já as receitas coloradas caíram 5% em 2016, mesmo com as cotas de TV crescendo 24%. O problema é que todos os demais ganhos sofreram quedas importantes, com destaque para a redução na venda de atletas (63%), equivalente a R$ 25 milhões menor que em 2015. As demais receitas ficaram pouco abaixo do apresentado em 2015. E o clube ainda recebeu R$ 61 milhões com luvas da TV. Para piorar a situação, esta quantia foi toda investida no futebol, mostrando total falta de planejamento. "O resultado pode ser visto no índice de eficiência: queda para a Série B", avalia o Itaú BBA.
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