Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

CDL

- Publicada em 26 de Junho de 2017 às 15:09

Foco no atendimentoao associado

Debus ressalta que entidade passou por um processo de reestruturação da gestão com foco no atendimento aos empreendedores

Debus ressalta que entidade passou por um processo de reestruturação da gestão com foco no atendimento aos empreendedores


DOUGLAS BALDWIN /DIVULGAÇÃO/JC
A evolução dos desafios presentes no cotidiano dos varejistas - da crise econômica à necessidade de adaptação às novas tecnologias e mídias - também desencadeou transformações em uma das principais entidades do setor no Estado, a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) da Capital. Neste ano, a CDL Porto Alegre busca consolidar uma nova etapa de suas quase seis décadas de atuação, enfatizando especialmente a oferta de soluções e serviços para as empresas associadas.
A evolução dos desafios presentes no cotidiano dos varejistas - da crise econômica à necessidade de adaptação às novas tecnologias e mídias - também desencadeou transformações em uma das principais entidades do setor no Estado, a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) da Capital. Neste ano, a CDL Porto Alegre busca consolidar uma nova etapa de suas quase seis décadas de atuação, enfatizando especialmente a oferta de soluções e serviços para as empresas associadas.
A proposta da atual gestão, iniciada em 2016, está sintetizada no novo slogan da instituição, adotado no ano passado - "Inteligência a serviço do seu negócio". Nesse sentido, a CDL passou por um processo de reestruturação da gestão, sempre com o foco no atendimento aos empreendedores. "Revisitamos nossas atividades, tudo no sentido de realmente apoiar o associado", ressalta o presidente Alcides Debus. Ele lembra que a abrangência dos serviços não se restringe ao comércio porto-alegrense. "Temos 3 mil associados diretos, todos varejistas. Mas muitos (empreendimentos) mais são impactados, pois temos ações em todo o Estado, com cerca de 140 entidades parceiras."
Conforme o dirigente, a CDL tem hoje cerca de 80 produtos e soluções diferentes à disposição das empresas associadas. Há, por exemplo, cursos de capacitação e projetos de auxílio aos lojistas em aspectos como a exploração correta dos bancos de dados. "Às vezes, é uma questão de 'higienizar' o banco de dados e complementá-lo com informações que eventualmente ele (o comerciante) não tenha, para que ele possa contatar o consumidor de forma mais assertiva e com menos custo", explica Debus.
A internet, por exemplo, é vista como uma ferramenta importante no estabelecimento dessa relação mais direta entre os varejistas e os clientes. "O comportamento do consumidor mudou com a internet e a chegada de uma nova geração. Via redes sociais, (o empresário) pode buscar seu público e observar seu comportamento. A marca pode conhecer o cliente sem que ele tenha cadastro, por meio de seu comportamento de consumo na internet", observa o presidente.
Outras inovações que deverão permear o futuro do comércio estão ligadas à geração de experiências novas para os consumidores. "Em Nova Iorque, já vi grandes lojas apostarem na vivência do contato com a marca, em fazer o consumidor sentir", relata Debus. As mudanças deverão ter impacto também nos shopping centers, espaços com papel especialmente importante em Porto Alegre. "A cidade tem uma concentração maior de shoppings por habitante. E os shoppings precisam se reinventar, ser locais de encontro, de entretenimento e, inclusive, de consumo", diz o empresário, também diretor-presidente da rede de lojas Rabusch.
Debus destaca ainda a constante busca de proximidade entre a CDL e os varejistas: "O usuário valoriza muito o contato. Nossos supervisores de campo vão às lojas, no interior inclusive. O nosso papel é gerar valor para o associado. Hoje, não vivemos só de fraternidade". Conforme o presidente, o resultado é satisfatório até agora. "Em 2016, atingimos as metas. Neste ano, já estamos acima do orçamento, porque as ações estão sendo efetivas. A entidade não visa ao lucro, arrecada, mas prevê contrapartidas."
Entre essas ações estão eventos como o Liquida Porto Alegre e o ciclo de palestras e debates Zoom - este, com várias edições ao longo do ano, cada uma voltada a temas como cenários, inovação no varejo e repercussão da NRF Retail BigShow, evento internacional de tecnologia para varejo, realizado anualmente em Nova Iorque (EUA). "A NRF é uma grande referência, como um resumo das evoluções do varejo no mundo", explica Debus.
Quanto à ansiedade do empresariado em relação às possibilidades de retomada do crescimento da economia, o presidente da CDL é cauteloso, embora otimista. "As coisas tendem a melhorar. Mesmo com a crise, o País avançou, pelo tamanho do mercado. Não é hora de ficar parado, se lamentando", acredita Debus, arriscando previsões a médio prazo. "Neste segundo semestre, deveremos ter crescimento de 5%, especialmente se for definido o cenário político. Daqui a um ano, o varejo estará melhor. Já há redes de grande porte com números bons. Quem se preparou está surfando uma onda de boas vendas."
 

Parceria garante facilidade de acesso a informações do SCPC

Galli ressalta que Agafarma deverá chegar à marca de 500 lojas durante o segundo semestre deste ano

Galli ressalta que Agafarma deverá chegar à marca de 500 lojas durante o segundo semestre deste ano


AGAFARMA/AGAFARMA/DIVULGAÇÃO/JC
Um dos principais serviços oferecidos pela CDL Porto Alegre é o acesso às informações do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), com dados sobre clientes em âmbito nacional. Uma ferramenta decisiva, por exemplo, para varejistas que oferecem vendas a crédito com cartões próprios.
A rede de farmácias Agafarma, por exemplo, adotou a parceria com a Câmara em 2005. Segundo o diretor-presidente da empresa, Wilson Galli, uma parte significativa do faturamento é feita por meio do cartão de crédito próprio. "O SCPC é importante para vermos quem é quem na hora de oferecer o cartão de crédito, e também para termos garantia de que iremos receber pelo que se vendeu", explica o empresário.
Com 20 anos de criação, a Agafarma deverá chegar à marca de 500 lojas durante o segundo semestre deste ano e é referência nacional no associativismo varejista farmacêutico. Segundo Galli, o cartão de crédito próprio da rede é bastante usado por clientes com poder aquisitivo menor. "É um pessoal que procura e valoriza mais, talvez por não ter acesso a outros cartões. Também acontece de pessoas com a renda mais baixa terem limites baixos no cartão de crédito, então um outro cartão se torna interessante."
Além da consulta ao SCPC, a rede adotou também o serviço de cobrança oferecido pela CDL Porto Alegre. "O nosso setor de cartões concede o crédito e também faz os primeiros contatos de cobrança. Se a situação (de um cliente inadimplente) se complica, a informação da pendência é repassada para a CDL", afirma Galli.
O diretor acredita que seria mais difícil obter as informações dos clientes por conta própria. "Quem iríamos consultar? A CDL concentra essas informações. O sistema recebe relatórios do Brasil inteiro, e não informa só sobre quem paga com atraso, mas também com quanto tempo de atraso", comenta Galli.