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- Publicada em 23 de Junho de 2017 às 09:42

Federasul: Estímulo ao maior engajamento dos associados

Simone destaca objetivo de envolver empresários nas agendas nacionais

Simone destaca objetivo de envolver empresários nas agendas nacionais


FREDY VIEIRA/JC
A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) chega aos 90 anos de fundação com ambição e ousadia. Primeira mulher a ocupar a presidência da entidade em toda a sua história, a empresária Simone Leite fecha um ano de gestão comemorando avanços. E planejando um futuro com líderes da classe produtiva tomando as rédeas do País.
A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) chega aos 90 anos de fundação com ambição e ousadia. Primeira mulher a ocupar a presidência da entidade em toda a sua história, a empresária Simone Leite fecha um ano de gestão comemorando avanços. E planejando um futuro com líderes da classe produtiva tomando as rédeas do País.
Nova presidente, novo nome e maior participação marcaram o último ano da Federasul. A mudança na denominação foi uma forma de oficializar a abrangência da entidade, que tem entre seus quadros centros, câmaras e associações comerciais, industriais, de serviço, agricultura e tecnologia. Após aprovação em estatuto, a entidade passou a chamar-se Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul, para evidenciar a pluralidade de segmentos e setores.
Segundo Simone, houve mudança de postura no sentido de agregar desde as micro, pequenas e médias empresas até os grandes conglomerados. Somente assim, de acordo com a ela, é possível ter um olhar sobre o setor como um todo. A mudança de postura incluiu também aliar à experiência o trabalho dos jovens e das mulheres, como uma forma de ter amplitude de visões. Mesmo sem contribuição compulsória, o número de empresas associadas subiu 17% nos últimos meses.
Resultado que se deve muito, para a presidente, à agenda de visitas semanais realizadas desde o ano passado ao interior do Estado. "Apesar de sabermos que as decisões políticas ocorrem na Capital, temos de ter a amplitude e representatividade de todo o Interior", afirma. A crise econômica também levou parte da classe empresarial a se interessar mais pelos rumos da economia. A participação nas reunião de diretoria aumentou em 60%. 
Quando assumiu, Simone defendeu o resgate do sentimento de pertencimento, do orgulho de ser do Rio Grande do Sul, como uma de suas metas à frente da entidade. "Precisamos resgatar a vontade de pertencer a um estado pujante. Tendo o resgatar como sinônimo de fazer, nós defendemos a saída da zona de conforto para escapar do momento delicado do País", conta.
Outra novidade foi o desenvolvimento do Movimento Empresarial, responsável por fomentar um maior engajamento da classe produtiva, aí incluídos trabalhadores e empresários, em postos de decisão e comando nos mais diversos segmentos: executivos, legislativos e do setor privado. "Precisamos desmistificar a cultura de que empresário não se envolve com política, porque só existe mudança através da política", afirma. Para Simone, o silêncio e a omissão foram também responsáveis pela crise política, moral e econômica pela qual passa o País. "Estamos propondo um novo olhar sobre a política a partir das experiências malsucedidas da política nacional."
Vitrine da Federasul, o projeto de debates Tá na Mesa também ampliou seus horizontes e colocou na pauta temas como inovação, política e tecnologia. "Queremos mostrar o Estado que dá certo e o Brasil que serve de inspiração", conta Simone.
Ao falar do futuro, Simone lembra que, até maio, o otimismo cauteloso era insuflado pela inflação baixa, os juros reduzidos e a melhora do Produto Interno Bruto(PIB). Após a crise causada pelas delações que atingiram o centro da presidência do País, a situação mudou. "O Brasil é maior que a crise. Houve desajuste, mas acreditamos na melhora e no potencial empreendedor do Brasil", afirma a empresária, que prevê a retomada da economia em 2018.
As entidades empresariais são refúgios de moralidade, altruísmo e voluntarismo, e devem fazer a representação da classe produtiva, na opinião de Simone. Por isso, fomenta o engajamento dos empresários nas principais agendas nacionais, a exemplo das reformas previdenciária e trabalhista e do pacote de ajustes do governo José Ivo Sartori. "A reforma trabalhista é essencial para criar empregos e trazer segurança jurídica para as empresas, e nós precisamos defendê-la", argumenta.
Do ponto de vista local, a Federasul propõe um maior comprometimento na defesa do pacote de ajuste fiscal, que inclui privatizações de empresas públicas, cujos recursos devem resultar em investimentos. Para o setor, será uma forma de amenizar a crise financeira. Segundo Simone, os empresários assumiram a sua cota de sacrifícios, como todos, durante a crise.
A Federasul representa 156 entidades filiadas e mais de 60 mil empresas. A empresária fala com entusiasmo de renascimento junto a novas lideranças com ideias que visem ao progresso e ao desenvolvimento do Rio Grande do Sul. "Precisamos investir no potencial empreendedor do Brasil", reforça a dirigente.

Escola de Líderes incentiva potencial de comando e gestão

Com o mote Liderar - Transformar, congresso debateu formas de encarar a crise e buscar alternativas

Com o mote Liderar - Transformar, congresso debateu formas de encarar a crise e buscar alternativas


ITAMAR AGUIAR/ITAMAR AGUIAR/AGÊNCIA FREELANCER/DIVULGAÇÃO/JC
Forjar líderes capazes de ocupar espaços de decisão e implementar as agendas necessárias para a retomada do crescimento do Estado e do País é o objetivo da Escola de Líderes, lançada no final de junho pela Federasul. Além de garimpar o potencial de comando e gestão, o projeto terá encontros periódicos com notáveis da sociedade para a troca de ideias.
O principal objetivo é instrumentalizar as lideranças para que se sintam seguras para encarar os desafios da classe produtora. "Queremos ajudar a conduzir nossos empresários e trabalhadores a ocupar espaços de decisão e fazer a representação da classe produtiva", explica Simone. 
Encarar o momento de crise e buscar alternativas também foi o principal ponto de discussões do Congresso da Federasul, realizado nos dias 7 e 8 de julho, em Canela, na serra gaúcha. Com o mote Liderar - Transformar, a entidade ouviu as considerações do prefeito de São Paulo, João Doria, por videoconferência. O economista da Serasa Experian Luiz Rabi falou sobre os prováveis efeitos da crise sobre a economia do Rio Grande do Sul e o contexto e as consequências a serem enfrentadas para a volta do crescimento. O painel Um novo Brasil, um novo RS teve a participação da senadora Ana Amélia Lemos, do ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite e do ex-presidente do Banrisul Matheus Bandeira.