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Cooperativismo

- Publicada em 19 de Junho de 2017 às 13:37

'Na crise, o cooperativismo se torna quase uma exceção'

Perius destaca que todos os ramos cresceram bem em 2016

Perius destaca que todos os ramos cresceram bem em 2016


FREDY VIEIRA/JC
Otimista, o presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergílio Perius, fala sobre o setor e as características que estão no DNA do cooperativismo, fundamentais para que o segmento mantivesse o crescimento mesmo em um ano de instabilidade econômica e política como foi 2016.
Otimista, o presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergílio Perius, fala sobre o setor e as características que estão no DNA do cooperativismo, fundamentais para que o segmento mantivesse o crescimento mesmo em um ano de instabilidade econômica e política como foi 2016.
Jornal do Comércio - Como o sistema Ocergs/Sescoop avalia 2016?
Vergílio Perius - Bom, sempre bom. Nós estamos entre 10% a 12% de crescimento no faturamento, devendo chegar a 12% até o final do ano que é nossa expectativa, o que faz com que nesse cenário de crise econômica, o cooperativismo se torne quase uma exceção, por vários motivos. Nós seguimos o caminho dos outros anos, com melhorias nas instalações das cooperativas, novas agroindústrias, modernizações no setor de informática especialmente no sistema de crédito, investimentos em infraestrutura nas áreas rurais e no ramo de saúde, com novos hospitais e unidades, portanto se notou um crescimento normal praticamente.
JC - Pode se dizer que a crise não afetou diretamente as cooperativas?
Perius - Não se sentiu internamente a crise, mas ela recebe os reflexos, que são insumos mais caros, créditos mais caros, os preços oscilam muito, mas são reflexos externos, que não impediram o cooperativismo de se fortalecer, gerar mais renda, economia e contribuir diretamente para o desenvolvimento do Estado. Nossos ramos todos cresceram bem.
JC - Houve aumento no número de cooperativados?
Perius - Com certeza cresceu mais. Em um momento em que o Brasil tem mais de 15 milhões de desempregados, não sentimos demissões em massa, pelo contrário, houve expansão de hospitais, unidades, infraestrutura, que geraram muita mão de obra, especialmente na área de saúde, então muitas vagas foram criadas. O PIB gaúcho na agricultura é tão forte, e os ramos das cooperativas estão puxando esse trabalho, através de três programas muitos fortes: a infraestrutura, que leva energia elétrica às áreas rurais, o ramo agro em si que é o setor mais forte em expressão econômica e social, e depois o de crédito, que se originou e injeta recursos no meio rural.
JC - Qual o fator determinante para que o cooperativismo continue crescendo diante desse cenário?
Perius - Nosso DNA, pois isso explica a própria crise. A crise atual veio do capital financeiro, e não de capital humano, e as cooperativas, por origem, não se constituem por interesses em capital financeiro. Se você comprar uma ação numa bolsa de valores, você quer que ela se rentabilize, agora, se eu sou produtor de leite e quero integrar uma cooperativa, tenho que me cadastrar, passar pela aprovação do quadro social, e o capital é a consequência do trabalho. As cooperativas reúnem suas pessoas em meio a essa crise, discutem seus projetos, exploram as potencialidades, que foi o que aconteceu ao longo de 2016. A crise une as pessoas, como une as famílias, então tudo isso é fundamental. As cooperativas estão investindo de uma forma ou outra, e isso pode se explicar pelo DNA que nós temos.
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