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Economia

- Publicada em 28 de Junho de 2017 às 22:49

Custos logísticos cairão com tecnologia e modais

Na Transposul, empresário José Monteiro Limão falou sobre as tendências viáveis para o setor

Na Transposul, empresário José Monteiro Limão falou sobre as tendências viáveis para o setor


JONATHAN HECKLER/JONATHAN HECKLER/JC
Jefferson Klein
A inovação e o uso combinado dos modais rodoviário, ferroviário e hidroviário, com a melhoria da infraestrutura, são fatores que diminuirão os custos do setor logístico nos próximos anos. A projeção é do sócio-gerente da empresa portuguesa de publicações: Dicas & Pistas - Transportes em Revista, José Monteiro Limão, que acrescenta que a expectativa é que se use cada vez mais combustíveis renováveis, como a eletricidade.
A inovação e o uso combinado dos modais rodoviário, ferroviário e hidroviário, com a melhoria da infraestrutura, são fatores que diminuirão os custos do setor logístico nos próximos anos. A projeção é do sócio-gerente da empresa portuguesa de publicações: Dicas & Pistas - Transportes em Revista, José Monteiro Limão, que acrescenta que a expectativa é que se use cada vez mais combustíveis renováveis, como a eletricidade.
"Quanto mais forem utilizados os meios de transportes, mais baratos eles se tornam", reforça o especialista. O progresso da tecnologia proporcionou o acesso massificado à informação e a movimentação de dados em tempo real. Isso permitiu o aparecimento de novos agentes econômicos. Como exemplo, Limão cita a Uber e a Cabify, no caso do transporte de passageiros, mas o empresário salienta que já existem serviços semelhantes para cargas que serão deslocadas nos modais rodoviário ou marítimo.
A tecnologia também permitirá a redução da mão de obra, com o uso de equipamentos como robôs, diminuindo gastos com encargos trabalhistas. Limão recorda que em Roterdã, na Holanda, existe um terminal da Maersk que tem capacidade para movimentar milhares de contêineres, que funciona 24 horas por dia, e tem apenas três funcionários atuando. Além disso, a intermodalidade será outro diferencial. Limão argumenta que, enquanto no Brasil se tem a cultura de fazer todo o trajeto através apenas das rodovias, na Europa, nas longas distâncias, normalmente é utilizada uma solução mista, como caminhões e trens.
O empresário prevê ainda que os combustíveis alternativos aos fósseis serão cada vez mais usados. Limão comenta que isso já se verifica intensamente no transporte de passageiros, por toda a Europa. Entre as medidas que contribuem para esse cenário está o incentivo para a renovação de frotas de ônibus que circularão com eletricidade. "E está se dando os primeiros passos para isso ocorrer com veículos de carga, sendo que alguns já operam com gás", diz.
Outra perspectiva é o desenvolvimento dos veículos autônomos. Sobre esse tipo de veículo, o coordenador do centro de inovação e cidades inteligentes da Pucrs, Fabiano Hessel, alerta que um cuidado que tem que ser tomado é quanto à proteção contra os hackers. Nesse sentido, Hessel vê uma grande oportunidade para os fabricantes de chips, que ficaram por muito tempo estagnados. "O que se acredita hoje é que a segurança vem a partir do hardware, então tem que considerar o assunto a partir do design do chip mesmo", argumenta. Segundo o professor, o mercado mundial de chips deve saltar de US$ 4,58 bilhões, em 2015, para US$ 10,78 bilhões, em 2022.
Hessel e Limão participaram ontem da 19ª Transposul - Feira e Congresso de Logística, que será encerrada hoje na Fiergs. Também esteve presente ao evento o professor de logística e relações internacionais da FTEC e da UniRitter, Marcos Vinícius Guterres Ibias, que abordou o conceito de logística reversa, que trabalha com a ideia do retorno de produtos e proteção ao meio ambiente. No caso dos produtos, os artigos que chegam ao consumidor final devem retornar para dentro da cadeia de suprimentos.
Na questão ambiental, é prevista, entre outras ações, uma produção mais limpa, eficiência energética, gestão de recursos hídricos, ecodesign, tratamento de efluentes e uso da tecnologia. Ibias acrescenta que é possível lucrar com a política reversa, reutilizando ou vendendo os resíduos para serem aproveitados em novos processos. Um desses casos, é o uso de pneus triturados na fabricação de calçados.
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