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Economia

- Publicada em 28 de Junho de 2017 às 14:46

Desemprego tem leve recuo em maio e fica em 11,1% na RMPA

O aumento da ocupação compensou o maior contingente de pessoas em busca de trabalho

O aumento da ocupação compensou o maior contingente de pessoas em busca de trabalho


MARCELO G. RIBEIRO/JC
O desemprego da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) deu uma levíssima freada em maio. A taxa da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) ficou em 11,1%, ante 11,3% em abril. Pesou no comportamento do indicador o crescimento de 0,5% na ocupação, enquanto a População Economicamente Ativa (PEA) subiu 0,3%, depois de ficar seis meses em queda. A região somou 200 mil pessoas sem trabalho em maio, e 1,6 milhão de ocupadas.  
O desemprego da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) deu uma levíssima freada em maio. A taxa da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) ficou em 11,1%, ante 11,3% em abril. Pesou no comportamento do indicador o crescimento de 0,5% na ocupação, enquanto a População Economicamente Ativa (PEA) subiu 0,3%, depois de ficar seis meses em queda. A região somou 200 mil pessoas sem trabalho em maio, e 1,6 milhão de ocupadas.  
O balanço entre 8 mil pessoas a mais ocupadas e mais de 5 mil pessoas entrando no mercado para disputar vagas acabou resultado em saldo positivo de 3 mil postos, por isso a leve redução na taxa. A economista da Fundação de Economia e Estatística (FEE) Iracema Castelo Branco ressalta que é cedo para considerar que a tendência de queda da taxa esteja configurada. O fato de a PEA ter subido pode sinalizar que o indicador chegou ao limite de pessoas que deixaram de buscar oportunidades. “Se a PEA voltar a crescer pode pressionar os números do desemprego porque a tendência é que não sejam geradas vagas suficientes, já que se houver retomada da economia, esta será lenta”, alerta Iracema.
Por setores, serviços lideraram a geração de postos, com sete mil vagas entre os dois meses, mas maio registra 103 mil postos a menos do que em maio de 2016. Construção civil teve queda de 6 mil ocupados postos no mês e repete o mesmo número de ocupados que o mesmo mês do ano passado. Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas somou mais de 1 mil ocupados e 14 mil a mais que em 2016. Já a indústria ficou estável, sem aumento ou corte de vagas frente a abril, mas são 38 mil postos a menos que maio de 2016.  
O emprego assalariado reduziu 15 mil postos, sendo 6 mil, ou -0,6%) quanto no setor público (menos 9 mil, ou -5,2%). No setor privado, houve aumento do emprego com carteira (mais 8 mil, ou 1,0%) e redução dos sem carteira (menos 14 mil, ou -15,9%). Em relação aos demais contingentes, novamente houve registro de aumento entre os trabalhadores autônomos (mais 18 mil, ou 7,8%). No segmento empregados domésticos os dados mostram redução (menos 8 mil, ou -7,5%).
Entre março e abril de 2017, o rendimento médio real apresentou variação positiva para o total de ocupados (0,4%), redução para os assalariados (-0,5%) e aumento para os trabalhadores autônomos (2,4%), correspondendo a R$ 1.863,00, R$ 1.863,00 e R$ 1.621,00, respectivamente. 
A economista da FEE, Cecília Hoff, observa que a recuperação está muito calcada na queda de juros. “Qual a força dessa recuperação? Certamente ela tende a ser lenta e o emprego normalmente é o último a responder. Antes de contratar, se aguarda para ver se a recuperação se efetiva”, pondera Cecília.
Os responsáveis pela apuração, que inclui ainda Dieese e Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), apontaram que o Ministério do Trabalho liberou esta semana os recursos pendentes que bancam as contratações de pesquisadores recenseadores. São verbas relativas a 2016 e o primeiro semestre de 2017. Com isso, a pesquisa, por enquanto, não será interrompida, mas será preciso renovar o convênio entre o ministério e a FGTAS para assegurar custeio a partir de julho. No País, a restrição de verbas já paralisou boa parte das pesquisa de emprego que seguem a metodologia da PED.
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