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Economia

- Publicada em 25 de Junho de 2017 às 20:00

Crise política no Brasil põe fim a ciclo de ganhos em investimentos

Se os efeitos da crise política na atividade econômica são difíceis de serem mensurados, sobre os investimentos o impacto é indiscutível. Embora ainda falte uma semana para o fim de junho, já é possível dizer que o caos criado pela delação da JBS colocou um ponto final em cinco trimestres consecutivos de ganhos tanto na renda fixa quanto na renda variável.
Se os efeitos da crise política na atividade econômica são difíceis de serem mensurados, sobre os investimentos o impacto é indiscutível. Embora ainda falte uma semana para o fim de junho, já é possível dizer que o caos criado pela delação da JBS colocou um ponto final em cinco trimestres consecutivos de ganhos tanto na renda fixa quanto na renda variável.
É o pior desempenho trimestral para os ativos em quase dois anos. O Ibovespa, perdeu 5,7% no segundo trimestre, até o dia 23.
Os preços das ações, segundo especialistas, costumam antecipar a recuperação econômica e também os períodos mais difíceis. Por isso, as incertezas deflagradas em maio chegaram primeiro, e com mais força, à Bolsa de Valores. Após subir 0,65% em abril, o Ibovespa perdeu 4,12% em maio e cerca de 2% em junho, até o dia 23.
Embora os efeitos mais danosos sejam mais claros na Bolsa, o segundo trimestre também foi o pior para a renda fixa em quase dois anos. O IMA-Geral, uma carteira que replica os títulos públicos que estão no mercado, rendeu 1% de abril até 23 de junho, segundo a Anbima. O rendimento equivale a apenas 45% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), usado como referência para esse tipo de investimento.
Com exceção do último trimestre de 2016, quando ficou praticamente empatada com o CDI, essa carteira de títulos públicos não perdia para o índice de referência desde o terceiro trimestre de 2015.
Outra carteira que reúne os títulos indexados à inflação, chamada de IMA-B, teve um desempenho ainda pior, ao cair 1,36% em igual período. Segundo o consultor de investimentos independente Marcelo d'Agosto, mesmo sem sinais mais robustos de recuperação da atividade, a possibilidade de reformas e a queda da inflação e dos juros vinham favorecendo os ativos brasileiros. "A JBS mudou isso", diz o consultor de investimentos.
É improvável, afirmam especialistas, que o mercado acionário consiga recuperar parte do fôlego perdido do trimestre nesta semana, final do período, porque não há uma melhora no horizonte político-econômico de curto prazo.
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