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Negócios Corporativos

- Publicada em 22 de Junho de 2017 às 19:40

Fibria também entra na disputa pela Eldorado

Manter a liderança no negócio com celulose é o foco da empresa

Manter a liderança no negócio com celulose é o foco da empresa


/PAULINO MENEZES/DIVULGAÇÃO/JC
Além dos chilenos da Arauco, a brasileira Fibria entrou na disputa pela Eldorado Brasil, empresa de celulose do grupo J&F. Na semana passada, os chilenos tinham exclusividade nas negociações com os irmãos Joesley e Wesley Batista. Mas em comunicado ao mercado, a Fibria informou que agora tem interesse pelo ativo.
Além dos chilenos da Arauco, a brasileira Fibria entrou na disputa pela Eldorado Brasil, empresa de celulose do grupo J&F. Na semana passada, os chilenos tinham exclusividade nas negociações com os irmãos Joesley e Wesley Batista. Mas em comunicado ao mercado, a Fibria informou que agora tem interesse pelo ativo.
"A Fibria, como líder mundial na produção de celulose de eucalipto, avalia e monitora constantemente oportunidades de crescimento por meio de aquisições de ativos estratégicos que agreguem valor para a companhia e contribuam para manter o seu papel de liderança no setor. A empresa informa que, apesar de interesse, até o momento, não se vinculou de forma alguma a uma operação de compra dos ativos da Eldorado Celulose", diz a nota.
Na semana passada, a Fibria informou que seguia focada no seu projeto de "crescimento orgânico por meio da ampliação da unidade de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul". Os analistas da Coinvaloes avaliam que a entrada da Fibria na briga pela Eldorado pode ajudar a reverter a tendência mais negativa que suas ações entraram nos últimos dias.
Depois da delação premiada dos irmãos Batista e acordo de leniência com multa de R$ 10,3 bilhões, o grupo J&F anunciou que está vendendo ativos para fazer caixa. Há dois dias, a JBS, maior empresa do grupo, anunciou que fará um programa de desinvestimentos de R$ 6 bilhões. O plano da empresa inclui desfazer-se de sua fatia de 19,2% na empresa Vigor Alimentos S.A., além da participação acionária na Moy Park e dos ativos da Five Rivers Cattle Feeding e fazendas.
Em relatório divulgado há uma semana, a agência de classificação de risco Standard & Poor's informou que o grupo J&F planeja vender empresas que somam R$ 8 bilhões no curto prazo. Dois ativos já estão em processo de venda: A Vigor Alimentos, e as linhas de transmissão de energia. Além disso, a holding analisa vender a Eldorado, a Alpargatas, dona das marcas Havaianas e Osklen, e a Flora, de produtos de limpeza.
A Arauco é um dos maiores produtores de celulose no mundo, e tem negócios em 75 países. No Brasil, possui nove unidades que fabricam apenas painéis de MDF e não celulose. No Brasil, os chilenos contam com a assessoria do banco Santander. A Fibria é a maior produtora de celulose no mundo e exporta 90% de sua produção. Sua capacidade de produção chega a 5,3 milhões de toneladas anuais, com fábricas localizadas em Três Lagoas (MS), Aracruz (ES), Jacareí (SP) e Eunápolis (BA), onde mantém a Veracel em joint-operation com a Stora Enso. Em sociedade com a Cenibra, opera o único porto brasileiro especializado em embarque de celulose, Portocel (Aracruz, ES).
Segundo analistas de mercado, os valores da transação seguem indefinidos. A Eldorado é uma das empresas em situação mais deliciada do Grupo J&F. A companhia está com atraso na construção de uma de suas unidades e endividamento elevado, que chega a R$ 8 bilhões, o que a fez negociar os termos restritivos, chamados de "covenants" de algumas operações de crédito com os credores, entre eles bancos como Caixa Econômica Federal, Santander e Banco do Brasil.
 

Novo presidente do Cade pode definir fusão Kroton/Estácio

Os dois novos integrantes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) indicados pelo governo foram nomeados nesta quinta-feira. Eles assumem os cargos às vésperas da sessão que irá analisar a fusão das companhias do setor de educação Kroton e Estácio.
Alexandre Barreto de Souza será o presidente do órgão pelos próximos quatro anos. Maurício Bandeira Maia, novo conselheiro, em substituição a Márcio de Oliveira Júnior. Em fevereiro deste ano, a Superintendência-geral do Cade identificou problemas na fusão e recomendou a não aprovação do negócio na forma como ela foi apresentada.
O caso agora deve ser apreciado pelos conselheiros do tribunal em sessão marcada para a próxima quarta-feira, da qual os dois novos integrantes já poderão participar. A troca na presidência do Cade foi objeto da conversa gravada entre o empresário Joesley Batista e o presidente Michel Temer. A J&F, segundo Joesley, tem interesse em um caso que tramita no conselho, uma disputa entre a Petrobras e uma termelétrica do grupo do empresário.
Durante a sabatina dos dois nomes, senadores questionaram Barreto e Maia sobre o que consideram inação do Cade no crescimento da JBS, comprando pequenos frigoríficos em estados como Mato Grosso do Sul e Rondônia, sem que as autoridades concorrenciais alertassem para o risco de monopólio.