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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, nesta quinta-feira, que números muito bons do Produto Interno Bruto (PIB) do país serão divulgados em breve, assim como muitas fábricas novas também serão anunciadas. Os comentários do republicano foram feitos na Casa Branca, durante um breve discurso para promover um decreto que duplica os gastos do governo em programas de estágio e de treinamento.
A Casa Branca tem feito dos programas de estágio uma de suas prioridades nos esforços de treinamento de força de trabalho, argumentando que a aprendizagem prática é a melhor abordagem para ajudar as empresas a lutar para encontrar empregados qualificados e atrair os americanos que deixaram a força de trabalho após a crise de 2008. Trump afirmou que se encontrou com CEOs de grandes empresas norte-americanas na quarta-feira, os quais apoiaram a iniciativa do governo em relação ao decreto.
O plano de Trump é direcionar fundos adicionais do Departamento do Trabalho para programas de aprendizagem, dobrando aproximadamente os gastos para US$ 200 milhões por ano. O financiamento adicional terá como objetivo expandir os estágios em áreas onde eles são incomuns. "Temos que garantir que as pessoas tenham bons empregos e que ganhem bem", disse o republicano, creditando à sua administração níveis recordes em confiança e a taxa de desemprego no menor nível em anos. Para ele, isso também é consequência do movimento de investimento de várias companhias nos EUA.
Durante sua fala, Trump também comentou sobre o deputado Steve Scalise, que continua em estado crítico de saúde após ser baleado pelo ativista de esquerda James Hodgkinson na manhã de quarta-feira, na Virgínia. O presidente comentou que falou a Scalise que todo o país estava orando por ele e ressaltou que "temos um país dividido, mas acredito que Steve tenha feito um grande sacrifício para que possamos nos unir novamente".
Produção industrial fica estável e importações caem
A produção industrial dos Estados Unidos ficou estável em maio ante abril, no cálculo com ajuste sazonal, segundo dados publicados nesta quinta-feira pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). O resultado veio pouco abaixo da expectativa de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam avanço de 0,1%. O dado de abril, por outro lado, foi revisado de 1,0% para 1,1%.
A taxa de utilização da capacidade instalada, uma medida de ociosidade da indústria, caiu 0,1 ponto percentual, para 76,6%, em linha com a expectativa dos analistas. Na comparação anual, a taxa de utilização da capacidade instalada recuou 0,5%. A produção manufatureira, maior componente da produção industrial, caiu 0,4% em maio, revertendo parcialmente a forte alta de abril, quando registrou a maior variação positiva em três anos.
Outro dado divulgado nesta quinta-feira foram os preços das importações nos Estados Unidos, que recuaram 0,3% em maio ante abril, em mais um sinal de inflação fraca no país. A queda foi a mais alta desde a de 0,5% registrada em fevereiro de 2016, segundo o Departamento do Trabalho. Economistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam recuo menor no mês passado, de 0,1%.
Ao contrário de muitos indicadores econômicos, os preços de importados não são ajustados para variações sazonais. Na comparação anual, os preços de importados subiram 2,1% em maio, no sétimo mês consecutivo de avanço nessa comparação.
O recuo mensal de maio reflete a fraqueza do petróleo importado, cujos preços caíram 3,9% em maio ante abril. Excluindo-se o petróleo, os preços de importados ficaram inalterados no mês passado. Os preços das exportações dos EUA tiveram queda de 0,7% em maio ante o mês anterior, mostrou o relatório. Na comparação anual, os preços das exportações sobem 1,4%.