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Economia

- Publicada em 08 de Junho de 2017 às 22:24

Publicitários debatem diferenças de culturas

Caio Delmanto credito Cristina Lima -PUCRS

Caio Delmanto credito Cristina Lima -PUCRS


CRISTINA LIMA/CRISTINA LIMA/PUC-RS/DIVULGAÇÃO/JC
Com o tema "Sem as diferenças a propaganda não faz mais diferença. Verdade ou mentira?", a primeira parte do 21º Festival Mundial de Publicidade de Gramado aconteceu nesta quinta-feira. Durante os painéis, os palestrantes reforçaram a tese de que não é necessário concordar com tudo, e sim buscar o diferente, sem diferenças e preconceitos antigos. Ao todo, foram três painéis, que exploraram como a publicidade é pensada e veiculada em diferentes partes do mundo. Os painelistas abordaram questões desde a forma de agir dos profissionais, latinos e estrangeiros, até o quanto a cultura local aceita certas formas de propaganda.
Com o tema "Sem as diferenças a propaganda não faz mais diferença. Verdade ou mentira?", a primeira parte do 21º Festival Mundial de Publicidade de Gramado aconteceu nesta quinta-feira. Durante os painéis, os palestrantes reforçaram a tese de que não é necessário concordar com tudo, e sim buscar o diferente, sem diferenças e preconceitos antigos. Ao todo, foram três painéis, que exploraram como a publicidade é pensada e veiculada em diferentes partes do mundo. Os painelistas abordaram questões desde a forma de agir dos profissionais, latinos e estrangeiros, até o quanto a cultura local aceita certas formas de propaganda.
O primeiro painel contou com a presença do presidente da Publicis Brasil, Hugo Rodrigues, e do diretor de Criação da Leo Burnett - Dubai/Emirados Árabes, Rondon Fernandes, e trouxe como tema "A Publicidade nos países sem espaço para as diferenças". Na ocasião, Rodrigues ressaltou a importância de olhar para as minorias, visto que elas têm passado despercebidas na propaganda. Segundo ele, embora as agências tenham feito belos trabalhos de inclusão, a vida real segue muito diferente. "Sem a mudança de comportamento, não vamos conseguir mudar nada, e isso não é propaganda, é vida real", afirma.
Já Fernandes apresentou a propaganda em lugares como a Rússia e Emirados Árabes, onde o nível de tolerância com as diferenças é muito menor se comparado ao Brasil. "Nosso país está muito acima em questão de tolerância, mas ainda precisa melhorar muito", explica. Para Fernandes, independentemente da localização, se existe alguma particularidade extremamente relevante para a cultura local, ela precisa entrar em discussão na equipe de trabalho.
O segundo painel abordou o tema "A Publicidade nos países que mais aceitam as diferenças" e trouxe como palestrantes o diretor de Criação da África, Ricardo Figueira, e o head de Planejamento da Crispin Porter Bogusky Brasil, Caio Delmanto. Segundo Figueira, ainda existe uma dificuldade muito grande de olhar para as diferenças, contudo elas são a maior virtude. "As diferenças são o que nos distingue no universo", afirma Figueira. Para ele, vivemos em uma diversidade, mas ainda temos uma cultura de individualidade. "O diferente não é ruim, é bom, o importante é se diferenciar, criar novos conceitos", completa.
Para Caio Delmanto, no Brasil, existe a forte ideia de que inovação é só o que é feito da nossa geração para frente e, por muitas vezes, o passado e as referências históricas são esquecidas. "Estamos sempre querendo saber qual ou quem é o próximo. Porém ter referências sobre o passado é muito importante para criar algo novo, é preciso ter o passado como inspiração para o presente." Delmanto afirma ainda que é necessário ter muito cuidado com as palavras, visto que elas têm poder e carregam significado. "Às vezes, fala-se muito, e não se diz nada. Vamos tirar as camadas e chegar na essência do que se quer dizer, mesmo que seja algo muito pessoal."
O diretor de Criação da Crispin Porter Bogusy Brasil, André Kassu, afirma que fazer a diferença é ter experiências. "É preciso viver para fazer a diferença, teorizar menos e praticar mais." O palestrante ainda citou o exemplo das Havaianas, dizendo que a marca observou o consumidor e então assumiu ser brasileira.
 
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