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Agronegócios

- Publicada em 07 de Junho de 2017 às 19:47

Plano Safra terá R$ 190,2 bilhões em 2017/2018

Prevendo supersafra, União garantiu R$ 1,6 bi para a armazenagem

Prevendo supersafra, União garantiu R$ 1,6 bi para a armazenagem


/EMATER/DIVULGAÇÃO/JC
O Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018 terá R$ 190,25 bilhões em crédito rural. O valor é um pouco maior que os R$ 188 bilhões anunciados pelo banner no evento de apresentação, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), e, segundo auxiliares do presidente Michel Temer, foi mudado com a inclusão de R$ 550 milhões para subsídios ao Programa do Seguro Rural, valor que ainda não está garantido e só deve ser ratificado no Orçamento de 2018, bem com o R$ 1,4 bilhão extra para a comercialização.
O Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018 terá R$ 190,25 bilhões em crédito rural. O valor é um pouco maior que os R$ 188 bilhões anunciados pelo banner no evento de apresentação, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), e, segundo auxiliares do presidente Michel Temer, foi mudado com a inclusão de R$ 550 milhões para subsídios ao Programa do Seguro Rural, valor que ainda não está garantido e só deve ser ratificado no Orçamento de 2018, bem com o R$ 1,4 bilhão extra para a comercialização.
O montante é ainda 2,84% maior do que os R$ 185 bilhões liberados na safra 2016/2017 pelo presidente Michel Temer, mas menor que os R$ 202,8 bilhões anunciados em maio do ano passado, pela ex-presidente Dilma Rousseff, ainda no fim de seu mandato. Quando assumiu, Temer reduziu, sem muito alarde, os volumes para atual período.
O plano prevê que operações de custeio e comercialização terão R$ 150,25 bilhões em recursos com R$ 116,25 bilhões com juros controlados (taxas fixadas pelo governo) e R$ 34 bilhões com juros livres. Recursos para investimento saíram de R$ 34,05 bilhões para R$ 38,15 bilhões. O custeio tem limite de R$ 1,5 milhão para o médio produtor e R$ 3 milhões para grandes produtores. O prazo de pagamento caiu de 24 para 14 meses para os produtores de grãos.
Quanto aos juros, houve redução de um ponto percentual ao ano nas linhas de custeio e de investimento e, de dois pontos percentuais ao ano nos programas prioritários voltados à armazenagem (Programa para Construção e Ampliação de Armazéns/PCA - 6,5% a.a.) e à inovação tecnológica na agricultura (Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária/Inovagro - 6,5% a.a.).
No custeio, os juros caíram de 8,5% ao ano e 9,5% ao ano para 7,5% e 8,5%. O mesmo aconteceu para os programas de investimento, à exceção do PCA e Inovagro, nos quais a taxa foi fixada em 6,5% ao ano. Para acompanhar o crescimento da produção agrícola, que deve se situar em 232 milhões de toneladas de grãos, com aumento de 24,3% em relação à safra 2016/2017, com perspectivas de superar tal recorde em 2017/2018, o governo federal garante recursos para investimento em armazenagem, de R$ 1,6 bilhão. Nessa temporada, os cerealistas também serão beneficiados no plano.
Os juros para Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural serão de 7,5% ao ano, com R$ 21,7 bi em recursos, alta de 12% sobre 2016/2017. Do total, os médios produtores rurais terão à disposição R$ 18 bilhões em custeio e R$ 3,7 bilhões em investimentos.
O Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) passa a contar com R$ 9,2 bilhões. No período anterior, os recursos iniciais foram de R$ 5 bilhões, mas superaram R$ 9,5 bilhões com aportes feitos desde o ano passado. A compra de máquinas e implementos agrícolas terá o limite de financiamento de 90% do valor financiado, com prazo de pagamento de sete anos.
O governo espera que financiamentos tendo como fonte a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) devem alcançar R$ 27,3 bilhões.
 

Para entidades, anúncio está de acordo com o cenário atual

O Plano foi o possível para o momento do País. Assim, a Fecoagro definiu o conteúdo do Plano Safra 2017/2018. O presidente da entidade, Paulo Pires, diz que a redução dos juros, que foram entre 1% e 2% dependendo da finalidade, poderia ser mais acentuada em função da inflação.
Já a Federarroz considerou o plano modesto, segundo o presidente Henrique Dornelles. "O produtor ainda passa por dificuldades extras da atividade, como as questões de logística e de transportes, que são problemas para a competitividade do setor", justifica.

'Homem do campo foi salvador da lavoura no trimestre', diz Maggi

No lançamento do programa de crédito rural, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que o "homem do campo foi o grande salvador da lavoura no primeiro trimestre ano, com alta de mais de 13% no PIB". Segundo o ministro, as frustrações com a safra no passado foram compensadas com a recuperação deste ano e com a produção recorde de 232 milhões de toneladas de grãos, com suporte do governo e de bancos públicos.
"Quando tivemos a quebra de safra do ano passado, seu governo, presidente Temer, não abandonou o agricultor", disse Maggi, em um elogio ao presidente Michel Temer, presente no evento. O ministro lembrou que o plano agrícola não é só para os grãos e para algodão e que a produção de 232 milhões de toneladas desses produtos salta para 1,2 bilhão de toneladas com a inclusão de outroas culturas como cana-de-açúcar, borracha, café, eucalipto e carnes. Maggi citou que nenhum País preserva 61% de suas florestas.