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Combustível

- Publicada em 07 de Junho de 2017 às 18:02

Petrobras reajusta botijão de gás de cozinha em 6,7%

Novos valores começarão a ser cobrados a partir desta quinta-feira

Novos valores começarão a ser cobrados a partir desta quinta-feira


/PEDRO VENTURA/ABR/JC
A Petrobras anunciou, na manhã de ontem, um reajuste de 6,7% nos preços do GLP, o gás de botijão residencial. O diretor de Refino da Petrobras, Jorge Celestino, informou que o botijão residencial passará a ter revisões mensais, em uma política semelhante à já adotada para a gasolina. Segundo o executivo, as variações de preços desse produto, para cima ou para baixo, vão ocorrer sempre a partir do dia 5 de cada mês.
A Petrobras anunciou, na manhã de ontem, um reajuste de 6,7% nos preços do GLP, o gás de botijão residencial. O diretor de Refino da Petrobras, Jorge Celestino, informou que o botijão residencial passará a ter revisões mensais, em uma política semelhante à já adotada para a gasolina. Segundo o executivo, as variações de preços desse produto, para cima ou para baixo, vão ocorrer sempre a partir do dia 5 de cada mês.
O preço vai considerar a cotação de mercado do metano e do propano, insumos do GLP. O presidente da Petrobras, Pedro Parente, explicou que o botijão era o último combustível que ainda não tinha uma política de preços definida. Ele confirmou que a revisão periódica (pelo menos uma vez por mês) dos preços da gasolina e do diesel será mantida.
A companhia estima que o impacto nos preços finais aos consumidores será da ordem de 2,2%, ou R$ 1,25 por botijão, se for feito apenas o repasse do aumento de preços nas refinarias. O último reajuste de preços do GLP nas refinarias foi de 9,8% em março último.
No dia 25 de maio, a Petrobras anunciou a última redução do preço médio nas refinarias da gasolina, de 5,4%, e do diesel, de 3,5%. Segundo a companhia, a decisão foi tomada "por um aumento significativo nas importações no último mês, o que obrigou ajustes de competitividade da Petrobras no mercado interno".
Conforme o princípio da política em vigor, a participação de mercado da empresa é um dos componentes de análise considerado pelo Grupo Executivo de Mercado e Preços (Gemp).
O reajuste de 6,7% no GLP entrará em vigor a partir desta quinta-feira, dia 8, de acordo com a Petrobras. O diretor de Refino explicou que a nova política de preços para o GLP foi aprovada no último dia 6 e prevê revisões mensais que serão aplicadas para cima ou para baixo todo dia 5 de cada mês.
O diretor explicou que, pela nova política, vai se considerar os preços internacionais do propano e butano e uma margem de comercialização de 5%. O diretor da Petrobras destacou que não houve mudanças na atual política de preços para o GLP industrial, que segue os preços de paridade de importação, mais margens. A diferença é o custo de importação.
 

Estatal penaliza os consumidores industriais e comerciais de GLP, diz Sindigás

O Sindigás, representante das distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), classificou como positiva a iniciativa da Petrobras de estabelecer uma política de preços do combustível para fim residencial que atrela os valores internos aos praticados na Europa.
Segundo nota da entidade, os preços cobrados dos consumidores residenciais estão 15% abaixo da paridade internacional, enquanto para os segmentos comercial e industrial estão cerca de 50% acima da paridade internacional.
A avaliação do Sindigás é que a Petrobras "penaliza setores que já atravessam momento de grave crise econômica", em referência à indústria e ao comércio, que pagam mais caro pelo combustível vendido pela estatal. Diz ainda que, mesmo no caso do gás de botijão, "permanecem incertezas quanto aos procedimentos de ajuste nos preços para os próximos meses", sem especificar, no entanto, quais são as incertezas.
A expectativa é que o reajuste de 6,7% que passa a valer hoje represente aumento para o consumidor final de 5% a 9%. "O impacto da nova política de preços pode variar bastante entre os polos de abastecimento, dado que as componentes de custo que formam o preço final ao consumidor são muitas, além do valor de compra do produto nas refinarias", diz a nota da entidade.