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Economia

- Publicada em 05 de Junho de 2017 às 22:54

Engie Brasil tem propostas por ativos a carvão

Sattamini não estipulou um prazo para a finalização das negociações

Sattamini não estipulou um prazo para a finalização das negociações


FERNANDO WILLADINO/FERNANDO WILLADINO/DIVULGAÇÃO/JC
Jefferson Klein
Pelo menos 15 empresas demonstraram interesse e assinaram termos de confidencialidade com a Engie Brasil a respeito da alienação de usinas a carvão do grupo. A companhia pretende vender o complexo termelétrico catarinense Jorge Lacerda e o projeto gaúcho Pampa Sul, que está sendo construído no município de Candiota.
Pelo menos 15 empresas demonstraram interesse e assinaram termos de confidencialidade com a Engie Brasil a respeito da alienação de usinas a carvão do grupo. A companhia pretende vender o complexo termelétrico catarinense Jorge Lacerda e o projeto gaúcho Pampa Sul, que está sendo construído no município de Candiota.
Esse último empreendimento, de 340 MW, saiu vencedor de um leilão de energia realizado em 2015, tem mais da metade das obras prontas e, por contrato, precisa gerar energia até 1 de janeiro de 2019. Já Jorge Lacerda, que fica em Capivari de Baixo, possui capacidade instalada de 857 MW. As potências das duas térmicas somadas representam cerca de 30% da demanda média de energia elétrica do Rio Grande do Sul.
O diretor-presidente da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini, lembra que os complexos estão no meio de um processo de sondagem quanto à negociação, que iniciou em março. O banco Morgan Stanley está prestando assessoria para a companhia nessa ação. Segundo o executivo, não existe um cronograma estabelecendo um prazo para finalização desse processo. A estratégia de venda dos ativos de carvão no Brasil, reforça o dirigente, está em linha com o planejamento global de descarbonização adotado pela Engie, a partir do início de 2016, quando a companhia passou a priorizar a geração de energia renovável de fontes hídrica, eólica, biomassa e solar.
Apesar dessa postura, a empresa não deve abandonar plenamente o uso das fontes fósseis. "Mantemos o interesse em desenvolver projetos cujo combustível seja o gás natural, que comparado ao carvão, responde à necessidade de descarbonização, ao mesmo tempo em que oferece a segurança energética para a intermitência de outras fontes ou para períodos de menor hidrologia", ressalta Sattamini.
O executivo acrescenta que a descarbonização tem sido reforçada pela construção de novos empreendimentos para geração de energia renovável. Em abril, a empresa colocou o complexo eólico Santa Mônica (97,2 MW de capacidade instalada) em operação em Trairi, no Ceará. Atualmente, a companhia possui outros dois empreendimentos de energia renovável em construção: a central fotovoltaica Assu V (RN), com capacidade instalada de 30 MW, que começa a operar em dezembro deste ano; e o complexo eólico Campo Largo, fase 1 (BA), composto de cinco parques com capacidade instalada total de 326,7 MW, que deve entrar em operação no final de 2018.
Conforme Sattamini, a empresa tem desenvolvido suas atividades na geração e comercialização de energia em torno de um modelo baseado em crescimento sustentável, a fim de enfrentar os grandes desafios da transição energética para uma economia de baixo carbono. O executivo argumenta que a iniciativa prevê acesso à energia renovável, atenuação das mudanças climáticas, segurança de abastecimento e uso racional dos recursos naturais.
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