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Economia

- Publicada em 04 de Junho de 2017 às 20:58

Gravataí busca saídas com perda da Heineken

Heineken crédito Visualhant divulgação

Heineken crédito Visualhant divulgação


VISUALHANT/DIVULGAÇÃO/JC
Thiago Copetti
Imprevisto pelo município, mas esperado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Bebida e Alimentação de Porto Alegre e Região Metropolitana, o fechamento da cervejaria da Heineken em Gravataí ocorreu de forma rápida e se configurou em um revés para os cofres da cidade.
Imprevisto pelo município, mas esperado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Bebida e Alimentação de Porto Alegre e Região Metropolitana, o fechamento da cervejaria da Heineken em Gravataí ocorreu de forma rápida e se configurou em um revés para os cofres da cidade.
A fábrica era a quinta maior colaboradora em retorno de ICMS para os cofres do município, que foi pego de surpresa pela notícia, de acordo com o secretário da Fazenda, Davi Keller. Segundo Keller, em 2016, o faturamento da cervejaria foi de R$ 590 milhões. "A indústria tem peso significativo, porque a produção de cerveja exige compra de muitos produtos, da cevada aos cascos para engarrafamento. Por isso a margem de contribuição dela no ICMS é alta", explica o secretário municipal da Fazenda.
Na última quinta-feira, após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ter aprovado a compra da Brasil Kirin, 95 dos cerca de 140 empregados da cervejaria foram demitidos. "Fomos comunicados oficialmente apenas na sexta-feira, um dia após a empresa ter feito a maioria das demissões. Ainda estamos pensando em alternativas para ocupar o espaço deixado pela Heineken na cidade. A empresa havia feito um investimento na unidade em 2007 e, até o ano passado, tinha isenção de IPTU como incentivo", diz Keller.
Se do lado de fora da fábrica a notícia foi inesperada, do lado dentro o fim da operação já era aguardado, diz o presidente sindicato que representa os trabalhadores, Renato Borges. De acordo com o sindicalista, a medida já pairava sobre o negócio desde que a compra da Brasil Kirin pela Heineken foi anunciada ao mercado, em fevereiro
"O pessoal já esperava que, saindo o negócio oficialmente, iria focar o trabalho na unidade de Igrejinha, que é mais moderna. Ao menos conseguimos a ampliação de alguns benefícios aos 95 demitidos na quinta-feira (1 de junho)", pondera Borges.
De acordo com o sindicalista, cerca de 20 pessoas seguirão vinculadas à Heineken até o final do ano para cuidar de estoque, material químico ainda armazenado e equipamentos. Também segundo Borges, cerca de oito empregados serão deslocados para a operação nacional da empresa. Até sexta-feira, o governo do Estado não havia sido procurado pela empresa, que assumirá o controle da unidade da Brasil Kirin em Igrejinha, que conta com Fundo Operação Empresa do Estado do Rio Grande do Sul (Fundopem) e que precisará ser atualizado pelo novo gestor.
De acordo com a empresa, o fechamento se deve à nova configuração da rede de fábricas próprias, que se soma à da Brasil Kirin (ampliando de cinco para 16 o número de cervejarias da companhia no Brasil). Agora, é a unidade de Ponta Grossa (PR) que passará a abastecer as regiões atendidas por Gravataí. A previsão é que, até dezembro, todas as atividades da unidade estejam encerradas, e o processo de transferência, totalmente concluído.
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