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JC Logística

- Publicada em 01 de Junho de 2017 às 21:39

Governo pretende retomar plano para ampliar Alcântara

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou, na semana passada, que o governo brasileiro vai permitir inicialmente aos Estados Unidos o uso do Centro de Alcântara, no Maranhão, para o lançamento de foguetes ao espaço. Além dos EUA, o ministro informou que Israel, Rússia e França também já manifestaram interesse em utilizar a estrutura do equipamento.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou, na semana passada, que o governo brasileiro vai permitir inicialmente aos Estados Unidos o uso do Centro de Alcântara, no Maranhão, para o lançamento de foguetes ao espaço. Além dos EUA, o ministro informou que Israel, Rússia e França também já manifestaram interesse em utilizar a estrutura do equipamento.
O Centro de Lançamento de Alcântara, conforme lembrou o ministro durante o Fórum de Investimentos Brasil 2017, está paralisado desde 2001, e o governo do presidente Michel Temer (PMDB) prepara um projeto de lei que autoriza o País a permitir o uso do equipamento por governos estrangeiros. Uma versão do projeto já havia sido apresentada em 2001, mas foi retirada do Congresso para ganhar um novo texto.
Durante discurso no evento, o ministro não citou um prazo para o envio do projeto, mas disse que, "muito em breve", o centro vai estar em plenas condições de funcionamento. Jungmann falou ainda que será reformulada a governança da estrutura, que, segundo ele, era um dos "temas mais frágeis" da base de lançamentos para o governo.
Um Conselho Nacional de Espaço também será criado, explicou o ministro, para servir como um comitê executivo que dará suporte à administração do centro de lançamentos. "O País investiu bilhões na construção do equipamento de um centro que aí se encontra plenamente consolidado, com plenas condições de funcionamento e que esperamos reativar muito em breve", afirmou Jungmann.
Segundo o ministro, a base desperta interesse por ter uma das melhores localizações para o lançamento de foguetes com satélites do mundo, já que está praticamente na linha do Equador e, portanto, no ponto mais próximo da superfície em relação ao espaço - gasta-se cerca de 30% menos combustível para colocar os artefatos em órbita.
"O governo quer resgatar o plano de ampliação da base de Alcântara com o uso de áreas de quilombolas", afirmou o ministro da Defesa, Raul Jungmann. Segundo ele, foi solicitada à Casa Civil a retomada da discussão. O ministro afirmou que já há acordo com lideranças quilombolas para a cessão desses 12 mil hectares ao centro de lançamento de satélites, que fica no Maranhão.
A ideia é aumentar o número de plataformas para lançamento, permitindo que o País feche acordos de uso da base com mais países e ganhe mais dinheiro com o centro. O plano de ampliação da base de Alcântara para 20 mil hectares é antigo. Um acordo começou a ser gestado ainda no governo Lula, mas nunca chegou a ser finalizado com a efetiva extensão da área.
Israel, Rússia e França já informaram ao governo brasileiro ter "disposição firme" para usar a base do Maranhão, afirmou Jungmann. Já há tratativas avançadas para um acordo com os Estados Unidos. Em 2000, no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), foi assinado um Tratado de Salvaguardas para que os norte-americanos utilizassem a base com direito a sigilo total de seu equipamento.
Houve forte oposição do PT no Congresso ao texto, com apoio de alguns setores militares, que viam na concessão uma violação da soberania brasileira. No governo Lula, um novo negócio acabou firmado com a Ucrânia para o lançamento de modelos Cyclone-4 em 2004. Onze anos e US$ 500 milhões depois, o acordo fracassou por problemas técnicos, e Dilma Rousseff (PT) o cancelou. No governo Michel Temer (PMDB), o Itamaraty retomou os contatos com os EUA.
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