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Leitura

- Publicada em 28 de Junho de 2017 às 16:25

Política Monetária

Doutor em economia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), com longa experiência no mercado financeiro, ex-diretor do Banco Central e um dos idealizadores do Plano Real, André Lara Resende publica o conjunto de ensaios "Juros, moeda e ortodoxia", em que reflete sobre as origens e o desenvolvimento da teoria monetária e suas implicações no contexto brasileiro.
Doutor em economia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), com longa experiência no mercado financeiro, ex-diretor do Banco Central e um dos idealizadores do Plano Real, André Lara Resende publica o conjunto de ensaios "Juros, moeda e ortodoxia", em que reflete sobre as origens e o desenvolvimento da teoria monetária e suas implicações no contexto brasileiro.
Resende é um dos principais expoentes do debate acerca da eficácia de elevadas taxas de juros no Brasil, em comparação aos padrões internacionais, no controle inflacionário. Após quase duas décadas da introdução do regime de metas de inflação, o País ainda convive com uma das maiores taxas de juros do mundo. Essa questão é uma das principais do livro, que questiona a adoção quase automática de receitas clássicas de política monetária por especialistas em macroeconomia.
"A insistência em aplicar uma nova ortodoxia, agora baseada numa regra para a taxa de juros, pode ter causado danos mais graves do que se aparenta", afirma o autor. "A moeda é uma convenção social. As questões monetária são, portanto, indissociáveis dos costumes, das instituições e da tecnologia, que estão sempre em evolução. Nada mais inadequado para ser congelado numa ortodoxia defendida com unhas e dentes de todo questionamento intelectual."
O economista é vencedor de dois prêmios Jabuti, com as obras "Os limites do possível" e "Devagar e simples", respectivamente, em 2013 e 2015.
Juros, moeda e ortodoxia; André Lara Resende; Portfolio Penguin / Companhia das Letras; 192 páginas; R$ 40,00.

Empreender

O designer Jake Knapp era um "nerd dos processos" antes de começar a trabalhar no Google - a ponto de criar planilhas para descobrir de que modo era mais eficiente, se bebendo café ou chá, fazendo exercícios pela manhã ou à tarde, por exemplo. Certo dia, já trabalhando com equipes na gigante da tecnologia, ele notou que era mais produtivo quando tinha um grande desafio e pouco tempo à disposição. Em 2009, por exemplo, tinha criado durante um mês, com dois engenheiros, um design diferente por semana para a "Caixa prioritária" do Gmail, com direito a protótipo e teste em centenas de pessoas no último dia. Meses depois, em uma breve viagem a Estocolmo, juntou-se a dois googlers para montar a primeira versão do que se tornaria o Google Hangouts.
Com isso em mente, Knapp se juntou a Braden Kowitz, John Zeratsky e Michael Margolis, colegas do Google Ventures, braço da companhia dedicado ao investimento em novos negócios, e montou um método para testar e aplicar novas ideias em apenas cinco dias: o Sprint. Desde o primeiro, em 2012, eles obtiveram sucesso com o modelo em centenas de empresas de todos os tipos, de investidores a fazendeiros, de oncologistas a pequenos empresários. Basicamente, afirma Knapp, o segredo é que as pessoas precisam de tempo para desenvolver as ideias de maneira independente, mas prazos apertados ajudam a manter o foco. Dessa maneira, as pessoas pensam menos nos detalhes e distrações.
Sprint; Jake Knapp; Editora Intrínseca; 320 páginas; R$ 28,00.
 

História

A migração nordestina para São Paulo acontece ao menos desde 1877, quando uma grande seca matou mais de 600 mil na região, cerca de 4% da população brasileira da época. Entre 1979 e 1890, mais de 350 mil nordestinos chegaram na capital paulista e no interior da província, que mais parecia outro País, visto as diferenças culturais entre os lugares.
Abastecida pela força de trabalho de imigrantes estrangeiros, o polo econômico por anos reservou aos "trabalhadores nacionais" serviços com salários mais baixos, geralmente no setor terciário e sem qualquer qualificação profissional. Com a diminuição da entrada de estrangeiros na região, passou a ser melhor vista a migração de brasileiros, mas o preconceito aberto persistiu por décadas na sociedade, como mostra o livro "Quando eu vim-me embora", do historiador Marco Antonio Villa, lançado recentemente.
A obra descreve e analisa a expulsão do sertanejo, a permanência da miséria e a mudança em escala jamais vista na história do Brasil. Os migrantes relatam a viagem no pau de arara, a chegada à capital paulista, a dificuldade de adaptação, os empregos, a melhoria de vida, a educação dos filhos, a construção da tão sonhada casa própria.
São histórias emocionantes que, somadas, compõem um dos mais ricos processos históricos do País - trajetória que ajudou a transformar a capital do estado de São Paulo na maior metrópole da América do Sul.
Quando eu vim-me embora; Marco Antonio Villa; Editora Leya / Casa da Palavra; 224 páginas; R$ 30,00.