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Crise política

- Publicada em 25 de Maio de 2017 às 19:10

'País não parou e não vai parar', afirma presidente Michel Temer em redes sociais

O presidente Michel Temer (PMDB) divulgou, no início da noite de quinta-feira, um vídeo nas redes sociais em que reitera que o "único caminho" do seu governo é o trabalho e faz questão de agradecer aos parlamentares pelo empenho de não deixar o País parar. Temer não citou a polêmica em torno da convocação das Forças Armadas para as manifestações de quarta-feira nem a sua revogação. Ele diz apenas que mesmo com a violência nos protestos, o Congresso continuou trabalhando.
O presidente Michel Temer (PMDB) divulgou, no início da noite de quinta-feira, um vídeo nas redes sociais em que reitera que o "único caminho" do seu governo é o trabalho e faz questão de agradecer aos parlamentares pelo empenho de não deixar o País parar. Temer não citou a polêmica em torno da convocação das Forças Armadas para as manifestações de quarta-feira nem a sua revogação. Ele diz apenas que mesmo com a violência nos protestos, o Congresso continuou trabalhando.
"O Brasil não parou e não vai parar. Continuamos avançando e aprovamos matérias importantíssimas no Congresso Nacional. As manifestações ocorreram com exageros, mas deputados e senadores continuaram a trabalhar em favor do Brasil. E aprovaram número expressivo de medidas provisórias, sete em uma semana. E a reforma trabalhista avançou no Senado", destacou o presidente em sua fala. "Expressão, portanto, do compromisso em superar a crise", completou.
Temer fez questão de ressaltar ainda a aprovação de "matérias vitais para o País" como, por exemplo, a regularização fundiária. "Há milhões de brasileiros que vivem sem a posse legal de sua casa ou de seu pequeno lote de terreno. Agora, isso mudará. O governo vai entregar a escritura para famílias carentes de todo país", disse.
O presidente afirmou ainda que seu governo vai continuar "combatendo o desperdício de dinheiro público" e citou o pente-fino no auxílio-doença, que, segundo ele, já economizou mais de R$ 1 bilhão com a revisão dessa medida. "E vamos chegar a mais de R$ 8 bilhões, dinheiro que vai ajudar o país a investir mais no social", afirmou.
Temer lembrou ainda a aprovação da medida provisória que liberou as contas inativas do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) e disse que ela garantiu que os dois grupos que ainda faltam para receber serão atendidos. "Portanto, mais de R$ 40 bilhões entrarão na economia ajudando no fim da recessão", disse.
No fim de sua fala, Temer fez um agradecimento nominal aos presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e repetiu que seu governo continuará trabalhando.
"Quero agradecer aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado Federal, Eunício de Oliveira, e aos parlamentares da base aliada pelo empenho nestas votações", disse. "Meus amigos, o trabalho continua e vai continuar. Temos muito ainda a fazer e este é o único caminho que meu governo pretende seguir: colocar o Brasil nos trilhos. Portanto, vamos ao trabalho", conclui.
 

Líder do PSD defende candidatura de Maia em caso de eleição indireta

Á Frente da quinta maior bancada da Câmara, o líder do PSD, deputado Marcos Montes (MG), defendeu nesta quinta-feira o nome do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), como candidato à Presidência da República em eventual eleição indireta, caso o presidente Michel Temer seja cassado ou renuncie. Maia é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal no contexto da Operação Lava Jato.
Para o parlamentar mineiro, um eventual substituto de Temer tem de sair do Parlamento. “Minha tese é que, se por ventura houver eleição indireta, o Congresso tem bons nomes, e o do Rodrigo Maia aparece com destaque, pelo bom trabalho que vem fazendo e por ter trânsito em todas as alas partidárias”, disse Montes à reportagem.
Com uma bancada de 37 deputados e cinco senadores, o PSD comanda hoje o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. O cargo é ocupado pelo presidente licenciado da legenda, ministro Gilberto Kassab. O político paulista já foi do DEM de Maia, antes de fundar o PSD em março de 2011.
Montes foi o primeiro líder de um grande partido da base a declarar publicamente apoio a uma candidatura de Maia. Ele se soma a lideranças de outras legendas médias e nanicas que defendem publicamente ou nos bastidores a candidatura de Maia.
Até o momento, já se declararam apoio público lideranças do Solidariedade, cuja bancada tem 14 deputados, e dos nanicos PEN e PTdoB. Nos bastidores, Maia tem entusiastas no PTN, PPS, PSB, DEM e PP.
Defensores do nome de Maia elencam pelo menos três fatores que favorecem a candidatura dele a presidente da República. O primeiro é a boa relação com a oposição, que o apoiou nas duas eleições para o comando da Câmara. Deputados do PT e PCdoB falam que o foco será a defesa de eleições diretas, mas, em reservado, admitem apoio.
Outro fator seria o apoio de Maia dentro da própria base. Aliados lembram que o parlamentar fluminense foi reeleito em fevereiro deste ano no primeiro turno da disputa pela presidência da Câmara.
Deputados desses partidos lembram que uma eventual candidatura de Maia acrescentaria mais um cargo para entrar nas negociações, facilitando um acordo. Em uma eventual eleição indireta, estarão em disputa os cargos de presidente e vice-presidente. Se o parlamentar fluminense for candidato a um desses postos, a presidência da Câmara ficará vaga.
Os cenários traçados por aliados de Maia preveem que esses três cargos podem ser divididos entre PMDB, PSDB e DEM. Com essa aliança, acreditam que poderia haver um “acerto” para preservar grande parte da equipe de ministros de Temer, mantendo o foro privilegiado deles, a maioria investigada pela Lava Jato.

Ministro da Justiça nega ter falado sobre delação da JBS com Fachin

O ministro da Justiça, Osmar Serraglio, negou que tenha tratado da delação premiada dos executivos o Grupo J&F durante a audiência com o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, na manhã desta quinta-feira. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Justiça, Serraglio esteve com Fachin, relator da Lava Jato na Corte, para "tranquilizá-lo" de que o corte no orçamento da Polícia Federal não irá afetar o funcionamento da operação.
O ministro teria garantido ao magistrado que, se "sempre que for necessário", haverá remanejamento de recursos para a PF. A reunião teria sido marcada porque, no fim de semana, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que Polícia Federal, subordinada à pasta, reduziu a equipe destacada para a força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba, e contingenciou 44% do orçamento de custeio previsto para 2017.
No site do STF, a agenda de Fachin registra que o motivo da audiência seria a petição número 7003, que trata da delação dos empresários do grupo J&F. Após o encontro, o gabinete de Fachin afirmou que a reunião tratou de "funções e trabalhos da Polícia Federal".
Na documentação entregue em seu acordo de colaboração sobre os políticos de 28 partidos que teriam recebido propina, o diretor de relações Institucionais da J&F Ricardo Saud elenca um repasse de R$ 200 mil para Serraglio. Até o momento, porém, o ministro da Justiça não é investigado nos inquéritos abertos após a colaboração dos executivos do grupo.
Ele é citado também em um diálogo entre o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e Joesley Batista, um dos donos da JBS. Na conversa, Aécio diz que o presidente Michel Temer 'errou' ao nomear o peemedebista para o Ministério da Justiça e o classifica com palavras chulas.
A indicação de Serraglio para o Ministério da Justiça resultou na ida de Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para a Câmara dos Deputados. Flagrado recebendo uma mala com R$ 500 mil, Rocha Loures é apontado por Joesley Batista como o interlocutor indicado por Temer para tratar de temas de interesse da empresa.
O ministro da Justiça já apareceu em outra operação da Polícia Federal que teve a JBS como alvo. Na Carne Fraca, Serraglio aparece em interceptações telefônicas com o fiscal agropecuário acusado de liderar um suposto grupo criminoso que atuava na fiscalização de grandes frigoríficos. O ministro nega todas as acusações.