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Política

- Publicada em 23 de Maio de 2017 às 18:40

PF prende assessor de Temer e ex-governadores

Ex-vice governador do DF, Tadeu Filippelli, chega a superintendência da Polícia Federal preso na Operação Panatenaico

Ex-vice governador do DF, Tadeu Filippelli, chega a superintendência da Polícia Federal preso na Operação Panatenaico


José Cruz/Agência Brasil/JC
A Polícia Federal (PF) prendeu ontem o ex-vice governador do Distrito Federal (DF) Tadeu Filippelli, que é assessor especial do presidente Michel Temer (PMDB). Também foram detidos os ex-governadores do DF José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT). Eles foram presos em suas residências em Brasília. A operação - denominada "Panatenaico" - cumpriu, ao todo, 15 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão temporária e três conduções coercitivas.
A Polícia Federal (PF) prendeu ontem o ex-vice governador do Distrito Federal (DF) Tadeu Filippelli, que é assessor especial do presidente Michel Temer (PMDB). Também foram detidos os ex-governadores do DF José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT). Eles foram presos em suas residências em Brasília. A operação - denominada "Panatenaico" - cumpriu, ao todo, 15 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão temporária e três conduções coercitivas.
Filippelli é mais um dos assessores próximos a Temer com problemas com a polícia. Os outros são Rodrigo Rochas Loures (PMDB), José Yunes e o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB). Os ministros mais próximos ao presidente - os peemedebistas Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) - também respondem a inquérito no Supremo Tribunal Federal.
Filipelli, preso pela PF ontem, dividia sala com Rocha Loures, a exemplo da que fica ao lado do gabinete presidencial - afirma o blog do colunista Lauro Jardim -, no terceiro andar do Palácio do Planalto.
A operação é baseada em delação premiada da Andrade Gutierrez sobre um esquema de corrupção nas obras do estádio Mané Garrincha. De acordo com as investigações, o superfaturamento na construção chega a quase R$ 900 milhões - com custo previsto de R$ 600 milhões, o estádio saiu a R$ 1,575 bilhão ao fim de 2014. Trata-se da arena mais cara de toda a competição.
A renovação da arena seguiu modelo diferente ao dos outros estádios da Copa do Mundo do Brasil, financiados por dinheiro público, com empréstimos do Bndes. Na arena de Brasília, os aportes vieram da Terracap - companhia estatal do DF com 49% de participação da União - embora a companhia não tivesse essa operação financeira prevista entre suas atividades. Sem estudos prévios de viabilidade econômica do Mané Garrincha, a Terracap encontra-se em estado de iminente insolvência.
Segundo a PF, a suspeita é de que com a intermediação dos operadores, os agentes públicos tenham realizado um conluio e simulado etapas da licitação. A operação também mira agentes públicos, construtores e operadores de propina que atuaram durante três gestões do governo do Distrito Federal.
O nome da operação, "Panatenaico", se refere ao Estádio Panathinaikos, de Atenas. A arena dos helênicos, que tinha assentos de madeira, foi toda remodelada em mármore por Arconte Licurgo, no ano 329 a.C., e ampliado por Herodes Ático, no ano 140 d.C. Atingiu então a capacidade para 50 mil pessoas. O estádio voltou a receber obras em 1895, para as Olimpíadas de 1896.
Além de autorizar a prisão temporária de Tadeu Filippelli, assessor do presidente Temer, e de dois ex-governadores José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz, o juiz da 10ª Vara Federal de Brasília determinou que os três tivessem R$ 26 milhões em bens bloqueados, sendo R$ 6 milhões de Filippelli e R$ 10 milhões de cada ex-governador.
Foi determinado ainda o bloqueio de bens de mais sete pessoas, totalizando mais R$ 29,1 milhões, além de outros R$ 100 milhões da Via Engenharia.
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