O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse, na tarde de ontem, que não quer mais falar sobre os pedidos de impeachment contra o presidente Michel Temer (PMDB) e que o Legislativo tem que ser responsável e votar as propostas importantes neste momento.
Maia iniciou a sessão de votação com a Medida Provisória que trata sobre a liberação do FGTS inativo.
Nos bastidores, o presidente da Câmara recebeu pedido para que o primeiro item da pauta fosse o projeto que trata da convalidação dos benefícios fiscais concedidos pelos estados durante a guerra fiscal e somente depois Medidas Provisórias (MPs). Mas os líderes partidários queriam votar primeiro MPs que interessavam, como a do FGTS.
"Já respondi sobre esse assunto (pedidos de impeachment) ontem (segunda) e não falo mais sobre esse assunto", disse Rodrigo Maia.
Já o deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) disse que o presidente Temer está fragilizado no poder. Miro admitiu que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de sua autoria que estabelece eleições diretas caso a presidência fique vaga até seis meses antes do fim do mandato não poderá resolver a crise atual.
Ele lembrou que a tramitação de uma PEC é longa. "Temos um presidente pato manco, o que causa muita insegurança no País", disse Miro Teixeira.
Integrante da base, o deputado Pauderney Avelino (DEM-AM) admitiu que Temer está numa situação difícil.