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Política

- Publicada em 21 de Maio de 2017 às 18:04

PSDB adia discussões sobre permanência no governo

O PSDB decidiu cancelar uma reunião marcada para a tarde deste domingo em que discutiria a manutenção de seu apoio ao governo Michel Temer.
O PSDB decidiu cancelar uma reunião marcada para a tarde deste domingo em que discutiria a manutenção de seu apoio ao governo Michel Temer.
A sigla havia convocado seus dirigentes e líderes parlamentares para o encontro, mas decidiu adiar a conversa depois que a Folha de S.Paulo noticiou o encontro.
Três tucanos afirmaram, reservadamente, que tomaram a decisão de suspender a reunião para evitar um mal-estar com o Palácio do Planalto. O PSDB continua na coalizão governista e quer evitar um rompimento brusco, mas seus principais caciques já cogitam um desembarque.
Parte dos dirigentes da sigla defendem uma articulação rápida para que Temer deixe o poder, com a construção conjunta entre partidos aliados de uma candidatura para a eleição indireta que seria convocada nesse caso.
A cúpula da sigla deve retomar as conversas sobre o assunto na segunda-feira (22), em conjunto com representantes do DEM e do PPS.
Ainda não deve haver uma decisão formal sobre a posição do partido. Tucanos admitem que pretendem esperar o julgamento do plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o pedido feito por Temer para suspender o inquérito aberto contra ele por corrupção passiva, obstrução de Justiça e formação de organização criminosa. A direção do PSDB no Rio de Janeiro divulgou uma nota anunciando seu rompimento com o governo. Pediu a saída de ministros tucanos e a renúncia ou o impeachment de Michel Temer.
"Diante das revelações provenientes da delação da JBS, entendemos que o presidente da República não dispõe de condições políticas e éticas para dissipar a grave instabilidade que impera no País e prosseguir liderando o processo de reformas que tanto necessitamos", diz a nota. A seção fluminense do partido, no entanto, não tem nenhum senador e tem apenas um deputado federal, Otávio Leite, presidente da legenda no estado.
O PSDB ocupa quatro ministérios no governo (Cidades, Relações Exteriores, Secretaria de Governo e Direitos Humanos), e dá sustentação a Temer no Congresso com 47 deputados e dez senadores. Trata-se do maior aliado do PMDB na coalizão governista.
Alguns deputados já manifestaram abertamente o desejo de deixar o governo imediatamente. No Senado, há cautela: o cenário traçado é o de convencer o presidente Michel Temer a renunciar ou pressionar o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que casse o mandato de Temer.
 
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