A Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu representação contra o presidente Michel Temer (PMDB) por ter nomeado funcionária de gabinete de assessoramento para cuidar do filho, Michelzinho, de oito anos. A representação, por crime de responsabilidade e crime comum, foi feita, ontem, pelo deputado Robinson Almeida (PT-BA).
No domingo, a coluna de Lauro Jardim no Globo mostrou que uma funcionária do Gabinete de Informação em Apoio à Decisão (Gaia) toma conta de Michelzinho. Temer negou que o filho tenha babá, mas admitiu que uma funcionária do Planalto cuida da residência oficial.
O deputado petista aponta "desvio da função pública e, consequentemente, dos recursos públicos, tendo como finalidade especial remunerar interesses privados com recursos da sociedade brasileira".
"Babá do meu filho coisa nenhuma", declarou Temer, irritado, a rádios na segunda-feira. Segundo o peemedebista, o filho só necessitaria de babá até "três ou quatro anos de idade".
O presidente disse que o Palácio do Planalto analisaria se a funcionária terá de ser realocada. Leandra Brito está alocada em um órgão anexo ao gabinete pessoal, que deve municiar o presidente com dados para tomada de decisão. Leandra negou ser babá de Michelzinho, mas disse apenas que deve assessorar o presidente e a primeira-dama, Marcela Temer, "em toda e qualquer situação".