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Política

- Publicada em 16 de Maio de 2017 às 16:44

Pinheiro apresenta a Moro provas de caso triplex

Léo Pinheiro prestou depoimento ao juiz federal Sérgio Moro

Léo Pinheiro prestou depoimento ao juiz federal Sérgio Moro


LUIS MACEDO/Luis Macedo/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
Após dizer ao juiz federal Sérgio Moro que o triplex 164-A do edifício Solaris, no Guarujá (SP), era do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-presidente da OAS José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, anexou, nesta segunda-feira, ao processo que apura o pagamento de propina R$ 3,7 milhões ao petista, documentos que confirmariam o conteúdo de seu depoimento. Assim como Lula, Pinheiro também é réu nesta ação penal.
Após dizer ao juiz federal Sérgio Moro que o triplex 164-A do edifício Solaris, no Guarujá (SP), era do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-presidente da OAS José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, anexou, nesta segunda-feira, ao processo que apura o pagamento de propina R$ 3,7 milhões ao petista, documentos que confirmariam o conteúdo de seu depoimento. Assim como Lula, Pinheiro também é réu nesta ação penal.
"O apartamento era do presidente Lula desde o dia em que me passaram para estudar os empreendimentos da Bancoop (cooperativa habitacional dos bancários). Já foi me dito que era do presidente Lula e de sua família, que eu não comercializasse", afirmou o empreiteiro na oitiva, quando perguntado pelo advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o petista, se ele "entendia" que a OAS havia repassado a propriedade ao ex-presidente.
Para comprovar suas declarações, a defesa do empresário incluiu nos autos e-mails, documentos internos e análises sobre custos de obras da OAS, além de 41 páginas de uma agenda pessoal com indicações de encontros dele com Lula, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto; e mensagens telefônicas de alguns executivos da empreiteira, incluindo o próprio Léo Pinheiro.
Entre os documentos da empreiteira que serão analisados por Moro há indicações a "obras civis apto 164 - cobertura", vinculadas aos custos do Solaris, e "reforma Atibaia", relacionada a uma tabela que trata do condomínio residencial Absoluto Mooca, construído pela empreiteira no bairro da Mooca, Zona Leste de São Paulo.
Conforme as investigações da Operação Lava Jato, além da obra no triplex, a OAS teria participado de um "consórcio informal" ao lado da Odebrecht para reformar o sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), que o ex-presidente costumava frequentar e cujos donos são sócios de Fábio Luis Lula da Silva, primogênito do petista. Em seu depoimento a Moro, Pinheiro confirmou que as obras na propriedade rural foram feitas a pedido de Lula.
Entre os documentos disponibilizados pela defesa de Léo Pinheiro a Moro não há valores relacionados às obras no triplex ou no sítio.
Na agenda entregue por Léo Pinheiro à Justiça Federal ainda há cinco citações a encontros com o ex-presidente Lula ao longo de 2014, a maioria deles na sede do Instituto Lula, onde Pinheiro também se reuniu 19 vezes com Paulo Okamotto. Há registros de seis encontros entre o empreiteiro e o ex-tesoureiro petista João Vaccari.
No processo em que Léo Pinheiro busca provar os favores da OAS a Lula, o petista é réu pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por supostamente ter sido beneficiado com propinas de R$ 3,7 milhões da OAS no caso do triplex do Guarujá e R$ 1,3 milhão no armazenamento de seu acervo presidencial.
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