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Política

- Publicada em 03 de Maio de 2017 às 19:12

Comissão agirá contra restrições à imprensa

Fórum Liberdade de Imprensa e Democracia foi aberto com palestra de Cármen Lúcia

Fórum Liberdade de Imprensa e Democracia foi aberto com palestra de Cármen Lúcia


ANTONIO CRUZ/ABR/JC
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, anunciou, ontem, a instalação de uma comissão nacional para analisar eventuais restrições ao trabalho da imprensa no âmbito do Poder Judiciário. O órgão funcionará dentro do CNJ.
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, anunciou, ontem, a instalação de uma comissão nacional para analisar eventuais restrições ao trabalho da imprensa no âmbito do Poder Judiciário. O órgão funcionará dentro do CNJ.
A ministra destacou que qualquer forma de cerceamento à liberdade de imprensa, mesmo quando na forma de decisão judicial, não é válida. Ela ressaltou também a importância da liberdade de imprensa para que os cidadãos tenham informações e, assim, deixem de ser analfabetos políticos e possam fazer suas escolhas.
Segundo Cármen Lúcia, a comissão nacional foi uma ideia do ex-presidente do STF e do CNJ Joaquim Barbosa, mas não tinha sido instalada até o momento. A ministra afirmou que é preciso combater as restrições que ainda existem ao trabalho da imprensa, enquanto a Constituição é clara em dizer que qualquer tipo de censura é proibida. Ela participou, na manhã de ontem, do 9º Fórum Liberdade de Imprensa e Democracia.
"Hoje, 3 de maio, está pronta a portaria. Só não foi publicada, mas estou anunciando aqui. Está portanto instalada, no Conselho Nacional de Justiça, no Fórum Nacional de Liberdade de Imprensa, a comissão nacional para que a gente tenha o exame de quais problemas dizem respeito ao Poder Judiciário, quais as vertentes de críticas, as censuras judiciais que são ditas ou processos sobre jornalistas. Para que a gente dê prioridade, pelo menos no que concerne ao Poder Judiciário, supere isso e dê ampla eficácia à Constituição e à garantia de o jornalista trabalhar, de buscar suas informações, informar o cidadão", argumentou Cármen Lúcia.
Na avaliação da ministra, é preciso uma imprensa livre para que haja democracia forte, fazendo com que eventuais tentativas para enfraquecê-la não passem de tentativas infrutíferas.
Cármen Lúcia lembrou que o sigilo da fonte é garantido pela Constituição e não pode ser quebrado na Justiça. Ela destacou a importância da imprensa para acabar com o analfabetismo político.
"O analfabetismo político se vence com a informação. Por isso a liberdade de imprensa é festejada no mundo todo, porque é a imprensa a maior fonte de informação para que se tenha o civismo de compromissos éticos e, no nosso caso, republicanos", disse Cármen Lúcia.
Para a ministra, o Brasil é "craque" em fazer leis, copiadas inclusive por outros países. Mas nem sempre é bom na hora de cumpri-las. "Eu diria que temos uma lei de improbidade que o mundo inteiro acha uma das melhores do mundo. Nossa dificuldade é em cumprir as leis, não em fazer leis. Temos a Lei Maria da Penha e temos uma mulher estuprada a cada seis minutos no Brasil. A Lei da Maria da Penha é copiada no mundo todo e saudada como uma das maiores conquistas do início do século XXI. E, no entanto, continuamos a ter péssimas práticas", afirmou a ministra. O 9º Fórum Liberdade de Imprensa e Democracia é promovido pela Revista e Portal Imprensa.
 
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