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Política

- Publicada em 02 de Maio de 2017 às 19:04

Coordenador de campanha revela caixa-2 para Luiz Fernando Pezão

Ex-secretário de Obras do governo do Rio de Janeiro durante a gestão de Sérgio Cabral (PMDB), Hudson Braga depôs ontem ao juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em primeira instância no Rio de Janeiro.
Ex-secretário de Obras do governo do Rio de Janeiro durante a gestão de Sérgio Cabral (PMDB), Hudson Braga depôs ontem ao juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em primeira instância no Rio de Janeiro.
Preso desde novembro de 2016, ele é acusado dos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha em desvios nas obras do Maracanã, do Arco Metropolitano e do PAC das Favelas, todas nos governos de Cabral.
Embora o atual governador fluminense, Luiz Fernando Pezão (PMDB), não seja alvo do processo, uma das revelações de Braga atinge em cheio o peemedebista. Um dos homens fortes da Era Cabral e coordenador da campanha de Pezão em 2014, o ex-secretário declarou a Marcelo Bretas que naquele ano ficou com "sobras de campanha" de R$ 3 milhões, pagos via caixa-2, dos quais investiu 2,2 milhões de reais em um empreendimento imobiliário.
Como o juiz não tem competência para julgar o governador, Hudson Braga não detalhou a origem dos pagamentos irregulares.
Segundo o ex-secretário, que durante o depoimento se disse "arrependido", o dinheiro estava guardado na transportadora de valores Trans-Expert, apontada pelas investigações da Operação Calicute como o caixa onde as propinas em espécie pagas ao grupo político de Cabral eram guardadas.
"Eu, em junho de 2014, saí do governo, da função de secretário, para ser o coordenador geral da campanha do governador Pezão. Teve essa sobra e eu usei a Trans-Expert para guardar o recurso", disse Hudson Braga.
Acusado pelo Ministério Público Federal de ser o responsável por cobrar de empreiteiras a "taxa de oxigênio" de 1% de propina sobre obras do governo do Rio, Braga admitiu ter recebido propina referente às obras do PAC na favela de Manguinhos, na zona Norte do Rio, mas negou ter sido o responsável pela criação da taxa.
De acordo com ele, foi o ex-secretário Wilson Carlos, também preso pela Calicute, o idealizador da taxa. "Acredito que tenha sido criada por ele, uma vez que ele me passou essa orientação", relatou.
Segundo Hudson Braga, Carlos lhe explicou que a propina complementaria a renda de funcionários públicos cujos vencimentos pagos pelo estado seriam baixos. Braga citou ao juiz federal como beneficiários da propina nas obras "presidentes de empresas vinculadas, subsecretários e outros".
 
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