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Opinião

- Publicada em 03 de Maio de 2017 às 16:05

Inflação, juros e a crise brasileira

O comportamento da inflação nos últimos meses tem sido atípico para essa década, justamente por estar bem controlada. Março teve o menor IPCA no acumulado em 12 meses desde agosto de 2010, e a expectativa atual é a de que abril tenha a menor inflação desde dezembro de 2009, nessa mesma base de comparação. Se as perspectivas se confirmarem, 2017 terá a inflação abaixo da meta depois de sete anos consecutivos acima dela. Com a inflação controlada, abre-se espaço para a queda da taxa de juros, com a expectativa da Selic batendo 8,5% para o final desse ano (ela já caiu mais um ponto percentual em abril). Assim os juros representam o preço do dinheiro e a inflação, a desvalorização do mesmo. Quanto mais rápido ele desvaloriza, maior será o valor cobrado por uma instituição financeira para emprestá-lo, de modo que o preço cobrado pelo empréstimo (juros) nunca fique abaixo da desvalorização do dinheiro (inflação). Por isso, manter a inflação sob controle é sempre benéfico para os investimentos do País. O nível de preços controlado gera um melhor controle de fluxo de caixa não só para as empresas, como também para os consumidores, que conseguem gerir melhor os seus rendimentos.
O comportamento da inflação nos últimos meses tem sido atípico para essa década, justamente por estar bem controlada. Março teve o menor IPCA no acumulado em 12 meses desde agosto de 2010, e a expectativa atual é a de que abril tenha a menor inflação desde dezembro de 2009, nessa mesma base de comparação. Se as perspectivas se confirmarem, 2017 terá a inflação abaixo da meta depois de sete anos consecutivos acima dela. Com a inflação controlada, abre-se espaço para a queda da taxa de juros, com a expectativa da Selic batendo 8,5% para o final desse ano (ela já caiu mais um ponto percentual em abril). Assim os juros representam o preço do dinheiro e a inflação, a desvalorização do mesmo. Quanto mais rápido ele desvaloriza, maior será o valor cobrado por uma instituição financeira para emprestá-lo, de modo que o preço cobrado pelo empréstimo (juros) nunca fique abaixo da desvalorização do dinheiro (inflação). Por isso, manter a inflação sob controle é sempre benéfico para os investimentos do País. O nível de preços controlado gera um melhor controle de fluxo de caixa não só para as empresas, como também para os consumidores, que conseguem gerir melhor os seus rendimentos.
Até agora, o melhor efeito direto da crise no País foi essa forte pressão de queda de inflação e de juros. Com uma criação de um cenário mais favorável à recuperação da economia, ela torna-se mais viável e mais próxima. Já existem sinais de melhora no País, como aumento da confiança e desaceleração da queda do produto e da produção, que apontam para a saída da crise neste ano. No entanto sair da crise é diferente de estarmos completamente recuperados. Sairemos da crise quando nosso PIB voltar a crescer, mas isso é diferente de estarmos recuperados dela. Sairemos mais fortes e mais experientes dessa crise, com um Brasil mais organizado para os anos cruciais que teremos à frente.
Economista da CDL Porto Alegre
 
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