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Opinião

- Publicada em 01 de Maio de 2017 às 17:28

Curitiba, maio de 2017

Movimentos e organizações sociais já decidiram, definida a data da audiência que reunirá Lula e Moro, marcarão presença em Curitiba. A visita tem caráter popular e dará visibilidade às arbitrariedades contra Lula cometidas desde março de 2016.
Movimentos e organizações sociais já decidiram, definida a data da audiência que reunirá Lula e Moro, marcarão presença em Curitiba. A visita tem caráter popular e dará visibilidade às arbitrariedades contra Lula cometidas desde março de 2016.
Uma das alavancas à mobilização é a vergonhosa desenvoltura de setores do Poder Judiciário nesse processo. A Operação Lava Jato cada vez mais se afasta da insígnia do combate à corrupção para responder por outra: cassar os direitos políticos de Lula. A orquestrada reprodução de trechos das delações premiadas dos patronos das empresas Odebrecht e OAS demonstram que não se trata apenas de uma cassada, mas de uma caçada.
Rompido o pacto social no qual imperava o respeito às decisões sustentadas pelo voto popular, iniciou-se a agenda de Michel Temer (PMDB). Dentre outras coisas, tal agenda pressupõe a retirada de direitos trabalhistas e a dissolução da previdência pública. A ampliação do cerco ao ex-presidente é parte indissociável desta agenda. Não interessam as provas, interessam as ilações; não interessa o contexto e nem a prática jurídica de caráter duvidoso com a qual as delações são produzidas, interessa que elas contenham detalhes cada vez mais fabulosos entre Lula, este ou aquele agente corruptor confesso.
Embora se trate de um processo geral, onde vicejam ataques à democracia, afetando a maioria absoluta do povo brasileiro com a perda de direitos e garantias, é o objetivo particular da Lava Jato que levará homens e mulheres à capital paranaense. O ato significará também uma demonstração pública de repúdio aos efeitos gerais desta "caçada".
Perante a radicalização política instalada, na qual setores do Judiciário passaram a condição de parte e não árbitros, só a mobilização popular e a resistência ostensiva ao arbítrio podem preservar a esperança do povo na democracia brasileira.
Sociólogo
 
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