O presidente francês, Emmanuel Macron, recebeu ontem o colega russo, Vladimir Putin, no Palácio de Versalhes. Houve palavras duras, com o francês ressaltando que o uso de armas químicas na Síria é uma linha vermelha que, cruzada, exige uma resposta. Macron também mencionou as perseguições a gays na Chechênia e a situação das ONGs, que acusam Moscou de persegui-las. Por outro lado, ambos insistiram na necessidade de uma aliança na luta contra o terrorismo, em especial contra o Estado Islâmico.
O encontro marca uma tímida reaproximação entre os países após uma série de atritos e uma relação conturbada na gestão anterior, do socialista François Hollande. A desavença mais recente foi registrada nas eleições francesas de 7 de maio. Putin apoiava a candidata ultranacionalista de direita Marine Le Pen, rival de Macron.
O movimento centrista República Em Frente!, fundado por Macron, chegou a acusar a Rússia de tentar interferir nas eleições. A campanha dele foi alvo de ataques cibernéticos, incluindo o vazamento de e-mails da equipe.