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Internacional

- Publicada em 10 de Maio de 2017 às 15:08

Governo considera 'inaceitável' os EUA entregarem armas a curdos

A Turquia criticou ontem a decisão tomada pelos Estados Unidos, na véspera, de enviar armas pesadas para milícias curdas que combatem a organização terrorista Estado Islâmico (EI) na Síria. "Cada arma que chega às mãos deles é uma ameaça para a Turquia", declarou o chanceler do país, Mevlut Cavusoglu, pedindo que os EUA revertam sua decisão "inaceitável". O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, deve discutir o tema com seu colega norte-americano, Donald Trump, durante visita a Washington na semana que vem.
A Turquia criticou ontem a decisão tomada pelos Estados Unidos, na véspera, de enviar armas pesadas para milícias curdas que combatem a organização terrorista Estado Islâmico (EI) na Síria. "Cada arma que chega às mãos deles é uma ameaça para a Turquia", declarou o chanceler do país, Mevlut Cavusoglu, pedindo que os EUA revertam sua decisão "inaceitável". O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, deve discutir o tema com seu colega norte-americano, Donald Trump, durante visita a Washington na semana que vem.
Os EUA consideram as Forças Democráticas da Síria (FDS), uma coalizão de grupos árabes e curdos, seu principal aliado na guerra contra o EI no Norte do país. Desde a chegada de Trump ao poder, os EUA vêm intensificando o apoio à coalizão, que realiza, desde novembro, uma campanha para expulsar os combatentes do EI de Raqqa, seu principal bastião na Síria. Um porta-voz das FDS declarou ontem que a decisão norte-americana de intensificar o apoio ao grupo "é importante e vai acelerar a derrota do terrorismo". 
A principal preocupação do governo turco é que o avanço dos curdos no Norte da Síria insufle a insurgência curda no Sul de seu próprio país. A milícia YPG, que compõe as FDS, é aliada do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, considerado uma organização terrorista pela Turquia. Nos últimos meses, o governo de Erdogan intensificou sua campanha para conter o avanço dos curdos na Síria e chegou a bombardear posições das FDS, matando combatentes apoiados pelos EUA.
Não está claro como o governo Trump irá evitar uma eventual retaliação da Turquia, mas militares dos EUA já haviam sugerido anteriormente apenas o fornecimento das armas suficientes aos combatentes curdos para a batalha em Raqqa, restringindo o envio em outras operações.
O distanciamento das estratégias norte-americanas e da Turquia para o conflito na Síria deve contribuir para aproximar ainda mais o governo Erdogan e a Rússia, que apoia o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad. Embora a Turquia seja inimiga do regime, o governo pode passar a aceitar sua permanência no poder em troca do apoio da Rússia para conter os curdos.
 
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