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Saúde

- Publicada em 11 de Maio de 2017 às 21:41

Rio Grande do Sul tenta evitar a volta do sarampo

Porto Alegre não tem casos da enfermidade desde 1998

Porto Alegre não tem casos da enfermidade desde 1998


JOÃO MATTOS/JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
Preocupados com o risco do retorno de casos de sarampo ao Rio Grande do Sul, a prefeitura de Porto Alegre e o governo do Estado emitiram alertas para que população e profissionais da saúde fiquem atentos aos sintomas da doença. A enfermidade não é registrada na Capital desde 1998 e era considerada controlada em grande parte do mundo. No entanto, desde janeiro de 2016, já foram confirmados 7.847 casos e 25 mortes na Europa. Com ocorrências também confirmadas na América do Norte e agora na Argentina, a ameaça se aproxima cada vez mais.
Preocupados com o risco do retorno de casos de sarampo ao Rio Grande do Sul, a prefeitura de Porto Alegre e o governo do Estado emitiram alertas para que população e profissionais da saúde fiquem atentos aos sintomas da doença. A enfermidade não é registrada na Capital desde 1998 e era considerada controlada em grande parte do mundo. No entanto, desde janeiro de 2016, já foram confirmados 7.847 casos e 25 mortes na Europa. Com ocorrências também confirmadas na América do Norte e agora na Argentina, a ameaça se aproxima cada vez mais.
Alguns casos foram registrados no Ceará e em Pernambuco em 2014, mas o surto não chegou ao Rio Grande do Sul. "O surto ainda está longe, em países como Itália e Romênia. Como houve dois casos na Argentina, então tememos a entrada da doença aqui no Sul. Emitimos o alerta para as pessoas ficarem atentas aos sintomas quando voltarem de viagens, e irem ao médico", explica Benjamin Roitman, chefe da Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis de Porto Alegre.
O sarampo é uma doença viral, grave e altamente contagiosa, transmitida por via respiratória, através de secreções nasais e orais, expelidas ao tossir, espirrar ou falar. Acontece em qualquer idade, e pode ocasionar pneumonia e encefalite (inflamação do cérebro), especialmente em crianças com menos de um ano de idade, levando à internação e até ao óbito. Os sintomas incluem tosse, coriza, olhos inflamados, dor de garganta, febre e erupção cutânea com manchas vermelhas.
Roitman não acredita na possibilidade de surto de sarampo na Capital, pois o município possui alta cobertura vacinal, com 80% da população recebendo a dose da Tríplice Viral (sarampo, rubéola e caxumba), com um ano de idade, e da Tetra Viral (sarampo, rubéola, caxumba e catapora) com um ano e três meses de vida.
No caso das pessoas com mais de 50 anos, o médico afirma que grande parte teve a doença quando criança ou, de alguma forma, contato com o vírus, o que lhes deixou imunizadas. "Mas, de qualquer forma, a Tríplice Viral está disponível nas unidades de saúde para qualquer pessoa de qualquer idade", garante.
A vacinação em massa tornou a doença extremamente rara no mundo. Entretanto, recentemente, movimentos antivacinas (grupos de pessoas que se recusam a fazer vacinas) têm gerado uma brecha para o ressurgimento do sarampo. "Essa doença é grave e já causou 25 mortes, principalmente na Romênia. A vacina é segura, eficaz e o melhor método para evitar essa e outras doenças que podem matar", alerta Roitman.
O Brasil não é conhecido por ter movimentos antivacina, mais comuns na Europa e nos Estados Unidos. "Há questionamentos, desconfianças, mas, na prática, a cobertura é excelente, pois as pessoas atendem ao chamado", observa o médico.
A Romênia, com 3.181 casos e 22 mortes, e a Itália, com 1.549 casos, são os locais mais acometidos dos 32 países já atingidos. Nas Américas, foram confirmados 82 casos nos Estados Unidos e no Canadá em 2017, além dos dois casos diagnosticados em Tucumán, na Argentina. Os registrados no continente Americano são considerados importados da Europa.

Ministério anuncia fim da emergência nacional para a zika

O Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira, o fim da emergência nacional para a zika. A decisão foi tomada diante da redução do número de casos da doença e seis meses depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) suspender o estado de emergência internacional pelo vírus.
O estado de emergência teve início em novembro de 2015. À época, no entanto, a emergência era específica para microcefalia, uma má-formação até então considerada rara e que teve um aumento inexplicado no período, sobretudo nos estados de Pernambuco e Paraíba. Na ocasião, já havia a suspeita de que a explosão de nascimentos de bebês com o problema era provocada pela infecção do zika vírus. A hipótese foi confirmada meses depois.
Desde então, o Brasil registrou 13.490 casos suspeitos de microcefalia, dos quais 2.653 foram confirmados. Há, no entanto, quase 2.900 casos ainda em investigação. Justamente por isso, o anúncio do fim da emergência nacional dividiu integrantes do Ministério da Saúde
O receio maior é de que, com o fim da emergência, a assistência a crianças com o problema, que hoje já é considerada deficiente, seja duramente afetada. Opositores da medida argumentam que, somente neste ano, já foram quase mil novos casos suspeitos de microcefalia notificados. Embora bem menor do que o registrado no passado, é uma marca ainda considerada preocupante. Além disso, há ainda 3 mil crianças em investigação, com suspeita da doença. A Secretaria de Vigilância em Saúde justifica o fim da emergência com base no Regulamento Sanitário Internacional.