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Geral

- Publicada em 08 de Maio de 2017 às 21:41

Laçador precisará ser removido para restauro

Verônica explica que monumento não recebeu estrutura interna adequada

Verônica explica que monumento não recebeu estrutura interna adequada


MARCO QUINTANA /MARCO QUINTANA/JC
Isabella Sander
A situação do Monumento ao Laçador, um dos mais famosos da Capital, é mais grave do que se imaginava e, por isso, caso seja restaurado, precisará ser removido de seu local temporariamente. Em inspeção inicial promovida no final de março pelo Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), restauradores constataram fissuras e porosidades na base da obra, que a comprometeriam. Desde então, foi realizado um diagnóstico mais apurado, que revelou que os danos encontrados nas pernas do Laçador se repetiam em outras partes, como pescoço e braços.
A situação do Monumento ao Laçador, um dos mais famosos da Capital, é mais grave do que se imaginava e, por isso, caso seja restaurado, precisará ser removido de seu local temporariamente. Em inspeção inicial promovida no final de março pelo Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), restauradores constataram fissuras e porosidades na base da obra, que a comprometeriam. Desde então, foi realizado um diagnóstico mais apurado, que revelou que os danos encontrados nas pernas do Laçador se repetiam em outras partes, como pescoço e braços.
Dadas as más condições, a obra precisará ser retirada para restauração, caso a prefeitura autorize. A escultura será colocada na horizontal para que uma estrutura interna seja implantada e feita uma solda de fechamento. Além disso, para que a obra não fique com cores diferentes onde houver a intervenção, a pátina será refeita. Ainda não há estimativa de data, duração e custo. Todo o processo será pago pelo Sinduscon-RS.
A arquiteta e restauradora Verônica di Benedetti explica que o monumento foi esculpido em várias partes, em uma fundição que não tinha preparo para fazer uma obra daquele porte. Por isso, não recebeu uma estrutura interna que dê suporte a seu tamanho. "O Laçador foi colocado em um local em que sofre muito com o vento e, por não ter um eixo interno, se mexe", explica. O diagnóstico prevê a colocação de uma estrutura de aço inoxidável, para evitar a deterioração do material da escultura.
O vice-presidente do Sinduscon-RS, Zalmir Chwartzmann, considera que a entidade está fazendo o que precisa ser feito, uma vez que, caso o Laçador não receba restauração, corre o risco de cair com alguma ventania. "Estamos decididos a contratar profissionais e fazer o que é preciso nos próximos anos", garante.
Foram trazidos da França dois professores especialistas em restauração de obras em metal, que deram aulas para outros 15 profissionais de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, do Interior e da capital gaúchos em um ateliê-escola, no qual foi feito o diagnóstico.
Chwartzmann espera que a revitalização do Laçador, bem como a dos monumentos existentes no Parque da Redenção, já restaurados, sirvam de exemplo para que outras entidades e pessoas da sociedade civil se engajem em melhorias na cidade, em áreas como música e artes plásticas.
O coordenador da Memória Cultural da prefeitura de Porto Alegre, Felipe Pimentel, assegura que o município vê com bons olhos o projeto de restauração. "Queremos saber como podemos viabilizar o procedimento. Após entregue o diagnóstico, o levaremos para avaliação do Conselho do Patrimônio Histórico e Cultural (Compahc) e da Coordenação de Memória Cultural, e, depois disso, o Sinduscon-RS está liberado para fazer o trabalho", relata. A apreciação pela prefeitura leva cerca de um mês.
A obra foi inaugurada em 1958 e nunca tinha recebido inspeção. Foram encontradas linhas de solda com porosidade evidente, entradas de luz e água, manchas de ferrugem, infestação de insetos, fissuras e lacunas. Grande parte das patologias se deve à sujeira acumulada, decorrente da falta de manutenção.
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