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Segurança

- Publicada em 09 de Maio de 2017 às 11:14

Schirmer estuda força-tarefa contra roubo de veículos

Secretário confirmou intenção de estabelecer força-tarefa voltada a esse tipo de crime

Secretário confirmou intenção de estabelecer força-tarefa voltada a esse tipo de crime


FREDY VIEIRA/JC
Os dados de criminalidade referentes aos primeiros três meses do ano no Estado, divulgados na semana passada, podem dar um novo foco à atuação da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Além de reforçar a necessidade de combater o número elevado de homicídios, o secretário Cezar Schirmer lista uma nova prioridade: o combate ao roubo de veículos. Em entrevista ao Jornal do Comércio, Schirmer confirmou a intenção de estabelecer, nas próximas semanas, uma força-tarefa voltada a esse tipo de crime, um dos que cresceram em comparação com o mesmo período de 2016.
Os dados de criminalidade referentes aos primeiros três meses do ano no Estado, divulgados na semana passada, podem dar um novo foco à atuação da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Além de reforçar a necessidade de combater o número elevado de homicídios, o secretário Cezar Schirmer lista uma nova prioridade: o combate ao roubo de veículos. Em entrevista ao Jornal do Comércio, Schirmer confirmou a intenção de estabelecer, nas próximas semanas, uma força-tarefa voltada a esse tipo de crime, um dos que cresceram em comparação com o mesmo período de 2016.
Nos primeiro trimestre houve 5.130 ocorrências, contra 4.876 no ano anterior. Já o furto apresentou queda, passando de 5.088 para 4.406. "Mas Porto Alegre tem quase a metade dos crimes contra veículos do Estado, é o maior índice de roubos de automóveis do País. São indicadores graves que pretendemos enfrentar", argumenta.
Outro índice que preocupa é o de homicídios. Foram 800 casos no primeiro trimestre, contra 714 ano passado - um aumento de 12,8%. De acordo com Schirmer, cerca de 85% das ocorrências têm ligação, direta ou indiretamente, com o tráfico de drogas. "A maior parte das mortes ocorre em locais conflagrados, onde há disputa de território entre gangues e facções", diz o secretário. "Não é um combate fácil (ao aumento de homicídios), pois esses criminosos saem com uma missão de matar, é uma ação deliberada. Mas o combate que estamos fazendo às facções tende a reduzir os homicídios, porque cai essa disputa territorial", afirma.
A relação entre homicídios e o tráfico é corroborada pelo subcomandante-geral da Brigada Militar (BM), coronel Mario Ikeda. Ele é o coordenador das estratégias da Operação Avante 2017, que também divulgou dados na semana passada. Segundo as estatísticas, voltadas a Porto Alegre e à Região Metropolitana, foram registrados 72 homicídios nos 45 dias iniciais da operação, entre março e abril - uma queda de quase 28% em relação ao mesmo período de 2016.
Apesar do indicador positivo, bastante comemorado pela BM, Ikeda garante que esse tipo de ocorrência seguirá alvo das ações de inteligência que caracterizam a operação.

Sistema integrado metropolitano aliviaria falta de contingente

Nos números da Operação Avante, quase todos os crimes tiveram queda em Porto Alegre. A única exceção é o roubo de veículos, que se manteve praticamente estável. No Vale do Sinos, a parcial de março e abril é 15,36% menor do que a de 2016, enquanto o crime aumentou 22% na Região Metropolitana. "Os dados indicam que a criminalidade se rearticulou, está investindo em ações mais pontuais. O roubo visa aos veículos mais novos, com mercado maior. O furto acaba caindo, já que o nível de segurança interna dos automóveis hoje é alto", afirma Ikeda.
Entre as ações previstas para os próximos meses está o aporte de cerca de 2.500 homens, entre policiais militares e civis, bombeiros, legistas e agentes penitenciários. O governo também pretende garantir a renovação da Força Nacional, pelo menos até a integração dos novos policiais. Outra ideia é avançar no sistema integrado de segurança entre os municípios - o que serviria para aliviar a falta de contingente no Interior, já que 350 homens foram deslocados em março para reforçar o policiamento na Capital. "Estamos monitorando os lugares de onde esses soldados vieram, e os índices de criminalidade seguem estáveis", garante.