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- Publicada em 01 de Maio de 2017 às 21:43

Sema não tem previsão para liberar praias em Itapuã

Por falta de manutenção e limpeza, Praia de Fora segue fechada para o público

Por falta de manutenção e limpeza, Praia de Fora segue fechada para o público


SERGIO BAVARESCO/DIVULGAÇÃO/JC
Suzy Scarton
O Parque Estadual de Itapuã, em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre, abriga três praias: a das Pombas, a da Pedreira e a de Fora. Atualmente, o público pode visitar, aos sábados e aos domingos, a Praia das Pombas, e não há previsão de que o acesso às outras duas seja liberado tão cedo.
O Parque Estadual de Itapuã, em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre, abriga três praias: a das Pombas, a da Pedreira e a de Fora. Atualmente, o público pode visitar, aos sábados e aos domingos, a Praia das Pombas, e não há previsão de que o acesso às outras duas seja liberado tão cedo.
Um dos principais motivos que impedem a liberação é a ausência de profissionais responsáveis pela limpeza e pelos serviços gerais. De acordo com a gestora do parque, Dayse Rocha, o contrato com a empresa terceirizada foi rompido em janeiro do ano passado. Desde então, a administração recorre ao pagamento de diárias a três funcionários, que só trabalham nos fins de semana. "Era um dos melhores contratos, teria duração de cinco anos. Já no primeiro mês, a empresa não pagou os funcionários, nem no segundo, nem no terceiro. Tivemos que rescindir, porque a empresa não cumpriu as cláusulas do contrato. Aí, chamamos a segunda e a terceira colocadas, mas nenhuma quis assumir", conta Dayse.
Um contrato emergencial vem sendo elaborado para suprir as necessidades do parque. De acordo com a diretora administrativa da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), Vera Maria Gorczak Figueiró, a pasta vem estudando uma nova maneira de licitar. "O contrato com empresas de limpeza não tem se mostrado eficiente, tanto é que a vencedora do emergencial é uma empresa que não paga os terceirizados no contrato vigente no Interior do Estado. Já foi multada em R$ 70 mil e não honra o pagamento aos empregados", detalha, sem revelar o nome da empresa. De acordo com Vera, a Sema gasta cerca de R$ 100 mil por mês com a manutenção do parque e com a empresa responsável pela segurança. "Desde a reabertura do parque, o pagamento dos funcionários de serviços gerais tem sido efetuado diretamente aos prestadores", explica.
Foi por esse motivo que o parque permaneceu fechado durante praticamente todo 2016, reabrindo para visitação apenas no começo de janeiro. Agora, a Praia das Pombas pode ser visitada aos sábados e domingos, mediante compra de ingresso, que custa R$ 7,22. "Já repassamos para a secretaria, estamos com muita dificuldade de manter o parque. Até agora, não tivemos um retorno, é algo que nos deixa frustrados e preocupados. Não é só a questão do verão, a unidade de conservação precisa estar aberta o ano todo", ressalta Dayse.
Além disso, problemas estruturais também prejudicam o acesso. A Praia de Fora não tem água encanada. "Essa praia possui uma proposta, dentro do plano de manejo, para que fosse sustentável, mais limpa. Até tentamos utilizar energia eólica, temos cata-ventos, mas quebraram", conta Dayse. Ela vem tentando entrar em contato com a Corsan para solucionar a questão da água. Já a estrada que leva à Praia da Pedreira é de chão batido e, devido à chuva, requer manutenção periódica. "Estamos tentando uma parceria com a prefeitura (de Viamão) para resolver pelo menos os pontos mais críticos, como algumas lombas, mas também precisamos de encanamento para escoar a água da chuva", detalha a gestora.
No entanto, a balneabilidade das duas praias é garantida. Independentemente da abertura para visitação, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) analisa a qualidade da água todas as semanas e, mesmo com os obstáculos, Dayse considera a situação de Itapuã melhor que a de outros parques. "O Estado passa por uma crise geral e isso respinga em tudo. São 24 unidades de conservação para administrar e claro que Itapuã fica mais na vitrine, por causa do verão, da visitação. Por mais que faltem aparatos para funcionar, temos 38 vigilantes patrimoniais", analisa.
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