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BORRACHA

- Publicada em 19 de Maio de 2017 às 18:18

Os entraves para o crescimento

Para o diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Artefatos de Borracha (Abiarb), Reynaldo Lopes Megna, o excesso de burocracia e a carga tributária elevada continuam sendo os principais entraves para indústria. "Estes fatores encabeçam o conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que encarecem o investimento no País", diz ele, que acrescenta ainda a falta de investimentos em infraestrutura, o desaparecimento do crédito e a falta de uma política externa consolidada como outros empecilhos para o desenvolvimento.
Para o diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Artefatos de Borracha (Abiarb), Reynaldo Lopes Megna, o excesso de burocracia e a carga tributária elevada continuam sendo os principais entraves para indústria. "Estes fatores encabeçam o conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que encarecem o investimento no País", diz ele, que acrescenta ainda a falta de investimentos em infraestrutura, o desaparecimento do crédito e a falta de uma política externa consolidada como outros empecilhos para o desenvolvimento.
Megna explica que o setor da borracha ainda enfrenta o alto custo dos insumos de produção, que foi agravado pela elevação de 12% para 25% a alíquota de importação da borracha nitrílica, segundo principal insumo do setor, utilizado na formulação de compostos de borracha para fabricação de artefatos vulcanizados. "Não bastasse tal medida, o governo decidiu elevar também a alíquota de importação da borracha natural de 4% para 14% em outubro de 2016, sendo este o principal insumo utilizado pela indústria de artefatos de borracha", afirma. O dirigente diz que para um setor com margens de lucro apertadas, assolado por uma forte concorrência internacional, esses custos oneram ainda mais as finanças das empresas, provocando o aprofundamento da crise.
O comércio exterior também tem se mostrado estruturalmente deficitário. De acordo com a Abiarb, nos últimos três anos houve redução do déficit na balança comercial promovida pela queda da atividade econômica interna, com a retração do Produto Interno Bruto (PIB) do setor industrial e da demanda por importações. "Entre 2014 e 2016, vivenciamos a desvalorização do real encarecendo as importações", observa Megna. O dirigente afirma que as exportações estão em tendência de queda desde 2012, influenciadas pela redução do ritmo de expansão do comércio mundial e pelo aumento da competitividade internacional. Os principais destinos das exportações brasileiras de artefatos de borracha são Argentina e Chile - sendo que cada país correspondeu em 2016 por aproximadamente 11,9% das exportações do setor -, Estados Unidos (10,4%), Colômbia (9,0%) e Paraguai, Peru e Venezuela, 7,5% cada.

De olho no Mercosul

Há 23 anos no mercado da borracha, Mercobor investe para começar a exportar

Há 23 anos no mercado da borracha, Mercobor investe para começar a exportar


SINBORSUL/DIVULGAÇÃO/JC
Há 23 anos no mercado e com quase 100 funcionários, a Mercobor, de São Leopoldo, se prepara para vender para fora do País. O diretor Gilberto Brocco conta que a equipe está fazendo cursos com o Senai para entrar neste mercado, principalmente no do Mercosul. "Já tivemos várias consultas para empresas do Paraguai, Argentina e Uruguai", diz ele.
A empresa tem no setor agrícola 50% do seu mercado. Graças a isso, não sentiu tanto os efeitos da crise econômica. O diretor diz que os demais setores - autopeças, elétrico, construção civil, eletrônicos, mineração, petróleo e gás - caíram em torno de 20% e a empresa está com uma defasagem geral de 10%. "No momento, o mais importante, e que está em alta, é o setor agrícola, para o qual vendemos para as montadoras de tratores e colheitadeiras de grãos e cana de açúcar", afirma.
Para este ano, a expectativa é recuperar parte do que foi perdido em 2016.