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Dia da Indústria

- Publicada em 25 de Maio de 2017 às 15:03

Maior produtor de móveis do País sente os efeitos da recessão

Crise afetou a competitividade e os investimentos da indústria

Crise afetou a competitividade e os investimentos da indústria


ANDRÉ MAJOLA/ANDRÉ MAJOLA/DIVULGAÇÃO/JC
Maior polo produtor de móveis do País, o Rio Grande do Sul conta com cerca de 2,7 mil empresas que respondem por 19% do total de móveis fabricados no mercado brasileiro. Em 2016, as indústrias de móveis e colchões gaúchas faturaram R$ 10 bilhões e exportaram cerca de US$ 178,8 milhões, 32% da produção. Os principais mercados de destino foram Reino Unido, Uruguai, Peru, Estados Unidos, Chile e Argentina. O setor também é responsável pela geração de mais de 38 mil empregos.
Maior polo produtor de móveis do País, o Rio Grande do Sul conta com cerca de 2,7 mil empresas que respondem por 19% do total de móveis fabricados no mercado brasileiro. Em 2016, as indústrias de móveis e colchões gaúchas faturaram R$ 10 bilhões e exportaram cerca de US$ 178,8 milhões, 32% da produção. Os principais mercados de destino foram Reino Unido, Uruguai, Peru, Estados Unidos, Chile e Argentina. O setor também é responsável pela geração de mais de 38 mil empregos.
Mesmo com todo esse potencial, as empresas moveleiras sentiram os efeitos da recessão. Segundo a diretora executiva da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel) e da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), Cândida Cervieri, são praticamente três anos de baixas vendas e falta de uma política industrial e econômica. "A indústria foi impactada negativamente, afetando a competitividade e o nível de investimento. E, assim como todos os setores, tivemos que reduzir mão de obra", diz.
A queda da inflação e a redução da taxa de juros trazem um pouco de alento aos empresários, que projetam para este ano uma melhora gradual da economia, principalmente a partir do segundo semestre. "O posicionamento da indústria tem sido de cautela. Porém, os indicadores nos permitem projetar a retomada do crescimento", analisa Cândida. A dirigente lembra que entre 2016/2015 foi registrado um decréscimo da produção, em torno de -7,7%. Já para o período 2017/2016, a previsão é de 2,2% de crescimento. "Se observarmos a exportação devemos crescer aproximadamente 5% no Brasil e 4,1% no Estado", diz ela, ressaltando que o consumo aparente foi de -8,4%, no Brasil (2015/2016) e para 2017/2016 estima-se 1,6% (427,748 milhões de peças).
O produto brasileiro é muito bem aceito no mercado internacional pela sua qualidade e design. No ano passado, as exportações somaram US$ 493 milhões. A meta para este ano é chegar a US$ 526 milhões. De acordo com a Abimóvel, no primeiro semestre de 2016 as vendas do setor gaúcho para outros países cresceram quase 10%. "As empresas do setor em geral optaram por fazer uso dessa estratégia, já que o mercado estava favorecido. Agora o momento é de muita cautela. Os contratos firmados estão sendo respeitados, mas as empresas estão mais contidas", afirma Volnei Benini, presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs).
O último balanço da entidade mostra que, de janeiro a março, as exportações do setor somaram US$ 141 milhões, uma alta de 7,9%, se comparada ao mesmo período de 2016. Estados Unidos (25,9%), Reino Unido (11,81%), Argentina (10,3%%), Uruguai (6,8%) e Peru (6,6%) foram os principais mercados. Segundo no ranking nacional de exportação, o Estado também teve resultados positivos, somando US$ 39,6 milhões, 1,6% a mais do que no ano passado. "Isso mostra a força do setor gaúcho, que, mesmo com adversidades, continua lutando para retomar o crescimento", completa Benini.
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