O futuro presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), Paulo Rabello de Castro, que atualmente dirige o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), defendeu ontem a convergência dos juros da instituição de fomento com as taxas cobradas no mercado. Segundo ele, um dos principais desafios do Brasil é construir uma estrutura a termo de taxas de juros, reduzindo subsídios.
O economista lembrou que, hoje, a estrutura a termo de taxa de juros é estritamente atrelada a títulos públicos. "O Brasil tem uma carência de operações que formem efetivamente a taxa de juros de longo prazo", disse Castro.
Para o novo presidente do Bndes, o banco de fomento precisa fortalecer as operações de longo prazo no mercado de capitais, com ampliação da participação privada, para que o País tenha um mercado de longo prazo. "O Bndes tem que ser como um pai que ajuda a caminhar e também sabe soltar a bicicleta", afirmou. Nesse quadro, a "taxa de juros é quase um detalhe". "As taxas do Bndes têm que convergir para o mercado", disse Castro, lembrando que isso dependerá de medidas de políticas fiscal que não estão na alçada do Bndes.