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INFRAESTRUTURA

- Publicada em 28 de Maio de 2017 às 18:05

Brasil e China lançam fundo de investimento de US$ 20 bilhões

Caberá ao governo chinês o equivalente a 75% dos recursos aplicados

Caberá ao governo chinês o equivalente a 75% dos recursos aplicados


/Mark RALSTON/AFP/JC
O Brasil e a China irão anunciar, amanhã, a criação de um fundo de investimento para obras de infraestrutura, com aporte de US$ 20 bilhões. O objetivo é o financiamento de projetos considerados de comum interesse para os dois países. O fundo deve começar a operar em junho. As informações são do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. A criação do fundo conjunto para projetos de infraestrutura é discutida desde 2015. O lançamento oficial ocorrerá durante o Fórum de Investimentos Brasil 2017, evento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) que acontece em São Paulo amanhã e quarta-feira.
O Brasil e a China irão anunciar, amanhã, a criação de um fundo de investimento para obras de infraestrutura, com aporte de US$ 20 bilhões. O objetivo é o financiamento de projetos considerados de comum interesse para os dois países. O fundo deve começar a operar em junho. As informações são do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. A criação do fundo conjunto para projetos de infraestrutura é discutida desde 2015. O lançamento oficial ocorrerá durante o Fórum de Investimentos Brasil 2017, evento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) que acontece em São Paulo amanhã e quarta-feira.
Os aportes financeiros devem vir dos dois países, com uma parcela maior disponibilizada pela China - cerca de US$ 15 bilhões - e o restante pelo Brasil. Segundo o Planejamento, o fundo será administrado por uma secretaria executiva sob responsabilidade da Secretaria de Assuntos Internacionais da pasta e integrado por um grupo técnico e um comitê diretivo de alto nível, composto por secretários executivos do governo federal e por três representantes chineses ao nível de vice-ministro.
O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Jorge Arbache, afirmou que o fundo é diferente dos demais que a China mantém com outros países, porque tem um acordo paritário. Isso significa que as decisões dos dois países terão o mesmo peso. "O fundo terá gestão compartilhada, diferentemente da maioria dos fundos chineses de investimento", diz Arbache. "A China só tem 15 fundos desse tipo."
Pelo estatuto, o conselho gestor terá seis membros - metade da China e outra metade do Brasil, entre eles, Eduardo Guardia (secretário executivo da Fazenda) e Adalberto de Vasconcelos (secretário do Programa de Parceria em Investimentos). Pelo lado chinês, um dos assentos ficará com o China Development Bank, o Bndes daquele país. "Cada lado tem poder de veto, o que permite barrar projetos que só atendam a interesses chineses no País", afirma Arbache.
Inicialmente, caberá à China investir 75% dos recursos (US$ 15 bilhões). Os 25% restantes (US$ 5 bilhões) sairão do Tesouro Nacional. O interesse dos chineses se descolou do cenário político brasileiro porque eles estão preocupados em garantir a logística de exportação de insumos do Brasil para a China, principalmente grãos (soja) e minérios, pelo Norte do País, especialmente pelo porto de Itaqui (MA). Estão no setor elétrico, nos transportes, na logística e na agricultura. "Não são mais vistos como uma ameaça", acredita Arbache.

Mudança no comando do Bndes repercute nos resultados da bolsa

A inesperada saída de Maria Silvia Bastos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), primeira baixa na equipe econômica, foi o principal fato a interferir no resultado semanal da bolsa de valores. Em seu lugar, assume o economista Paulo Rabello de Castro, cuja principal missão será "reanimar o setor produtivo brasileiro". Apesar de ser um nome de credibilidade junto ao mercado financeiro, a saída da executiva teve efeito pontual no mercado de ações, que registrou uma sessão de ganhos. O Índice Bovespa operou em terreno positivo durante todo o pregão, terminou o dia em alta de 1,36%, aos 64.085,41 pontos. Os negócios somaram R$ 8,7 bilhões.
Bolsa
 

Regras chinesas para acionistas estão mais rígidas

O órgão regulador de valores mobiliários da China vai tornar mais rígidas as regras sobre vendas feitas por acionistas principais de empresas em um esforço para desencorajar atividades que possam atrapalhar a estabilidade do mercado de ações em um ano politicamente sensível. Os acionistas principais não poderão reduzir suas participações fazendo transações em bloco por meio de uma terceira parte, disse o regulador em um comunicado publicado em seu site no sábado. O movimento, junto com outras medidas, tem como objetivo resolver "novos problemas" que as autoridades haviam observado este ano, como investidores que conseguiam se esquivar das regras de venda já em vigor. Há uma necessidade de evitar "reduções concentradas, substanciais e desordenadas" que "prejudicam a confiança dos investidores", disse o comunicado.
O governo chinês tem um histórico de tentar reduzir as apostas de baixa em seus mercados financeiros, de ações a moedas. Durante o crash da bolsa de 2015, a China impôs temporariamente limitações de venda aos principais acionistas, ou investidores com 5% ou mais de ações de uma companhia listada. No início deste mês, o governo deu orientação para corretoras e fundos para não processar grandes ordens de venda antes de um encontro oficial no "Um cinturão, uma estrada", uma importante iniciativa de política externa e econômica do presidente Xi Jinping.
Uma repressão liderada por Pequim sobre bancos, empresas de valores mobiliários e seguradoras neste ano está dando à Comissão Regulatória de Valores Mobiliários uma nova razão para intervir. O índice Shanghai Composite caiu 5% desde o seu recente pico, em 11 de abril, com investidores preocupados com o impacto do aperto financeiro.

Encontro do G-7 condena adoção de 'práticas comerciais injustas'

A reunião de cúpula dos líderes das democracias mais ricas do mundo terminou sem um acordo unânime sobre a mudança climática, já que a administração Trump planeja levar mais tempo para dizer se os EUA vão permanecer no acordo de Paris.
As outras seis potências do G-7 concordaram em cumprir o seu compromisso anterior de implementar o acordo de Paris para controlar os gases com efeito estufa para combater as alterações climáticas. A declaração final do G-7 expressa "compreensão" para o processo de revisão dos EUA. Mais cedo, Trump declarou, por meio de seu Twitter, que vai tomar uma decisão sobre o Acordo de Paris na próxima semana.
Os líderes do G-7 também fecharam um acordo para reconhecer a postura de Trump sobre o comércio. Eles mantiveram a proibição ao protecionismo constante nas declarações anteriores do grupo, mas incluíram uma declaração neste sábado de que "serão firmes contra todas as práticas comerciais injustas".
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que as conversações do G-7 sobre mudanças climáticas foram "insatisfatórias". Sobre o comércio internacional, Merkel afirma que os líderes tiveram uma discussão "razoável".