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Contas Externas

- Publicada em 23 de Maio de 2017 às 19:58

Após crise política, houve fluxo positivo de dólares para o Brasil

Participantes do mercado fecharam operações e internalizaram moeda

Participantes do mercado fecharam operações e internalizaram moeda


/MARK WILSON/AFP/JC
Apesar das denúncias da JBS que atingem o governo Michel Temer, que surgiram na última quarta-feira, dia 17, o País enfrentou um fluxo de entrada de dólares tanto na quinta-feira, dia 18, quanto na sexta-feira, dia 19.
Apesar das denúncias da JBS que atingem o governo Michel Temer, que surgiram na última quarta-feira, dia 17, o País enfrentou um fluxo de entrada de dólares tanto na quinta-feira, dia 18, quanto na sexta-feira, dia 19.
Dados divulgados ontem pelo chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Fernando Rocha, mostram que, na quinta-feira, o fluxo total de recursos para o País foi positivo em US$ 2,338 bilhões, resultado de entradas líquidas pela via comercial de US$ 1,266 bilhão e entradas líquidas pela via financeira de US$ 1,072 bilhão. Na sexta-feira, houve fluxo total positivo de US$ 1,124 bilhão, com entradas líquidas de US$ 282 milhões pela via comercial e entradas líquidas de US$ 842 milhões pela via financeira.
Na prática, em meio ao forte avanço do dólar ante o real, verificado na quinta-feira, muitos participantes do mercado aproveitaram para fechar operações e internalizar dólares. Rocha afirmou ainda que, em maio, até o dia 19, o fluxo cambial total está positivo em US$ 486 milhões. Isso é resultado, por um lado, de entradas líquidas de US$ 3,489 bilhões pela via comercial. Neste caso, as importações foram de US$ 7,394 bilhões e as exportações, de 10,883 bilhões. Dentro das exportações, são US$ 1,725 bilhão de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 2,325 bilhões de Pagamento Antecipado (PA) e US$ 6,832 bilhões de Demais Operações.
Por outro lado, a via financeira registra fluxo negativo em maio, até dia 19, de US$ 3,003 bilhões. Isso é resultado de envios de US$ 28,807 bilhões e de entradas de US$ 25,805 bilhões.
Por fim, Rocha informou ainda que em maio, até dia 19, a posição vendida dos bancos está em US$ 12,257 bilhões no câmbio à vista. No fim de abril, essa posição vendida era de US$ 12,814 bilhões.
O chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central disse que é preciso observar a evolução do cenário de incertezas ocasionado pela delação da JBS. "Tivemos aumento de incertezas, mas a mensagem do Banco Central é que ele atua para manter o bom funcionamento do mercado", reforçou. "É difícil definir o que acontece em um dia específico no mercado de câmbio. Existem interesses opostos, não há como ter uma informação precisa para um movimento em um dia ou outro", observou.
 

Transações com outros países tiveram superávit de US$ 1,15 bi em abril

As transações do Brasil com outros países voltaram a ser afetadas positivamente pela balança comercial e tiveram um superávit de US$ 1,15 bilhão em abril, informou ontem o Banco Central. No mesmo mês do ano passado, o resultado também foi positivo, em US$ 412 milhões.
Como vem ocorrendo nos últimos meses, o bom resultado foi determinado pelo desempenho das exportações, que voltaram a superar as importações. As vendas de bens para outros países somaram US$ 17,6 bilhões, e as compras totalizaram US$ 10,8 bilhões, o que possibilitou um resultado positivo de US$ 6,7 bilhões na balança comercial.
No acumulado do ano, o resultado das transações com outros países está deficitário em US$ 3,5 bilhões, metade dos US$ 7,1 bilhões de registrados nos primeiros quatro meses do ano passado.
A balança comercial compensou o déficit nas transações de serviços do Brasil com outros países, que foi de US$ 2,5 bilhões no mês passado. Esse rombo ocorreu principalmente porque os gastos dos brasileiros com viagens a outros países somaram US$ 1,3 bilhão, pouco acima do R$ 1 bilhão registrado em abril de 2016. Como as despesas de estrangeiros com viagens no Brasil totalizou o montante de US$ 417 milhões, houve um resultado negativo de US$ 908 milhões nessa rubrica.
O investimento direto estrangeiro foi de US$ 5,5 bilhões no mês passado, um montante menor que os US$ 6,8 bilhões registrados em abril de 2016.

Dívida externa brasileira estimada é de US$ 319,664 bilhões

A estimativa do Banco Central (BC) para a dívida externa brasileira em abril é de US$ 319,664 bilhões. Segundo a instituição, o ano de 2016 terminou com uma dívida de US$ 321,297 bilhões. A dívida externa de longo prazo atingiu US$ 263,178 bilhões em abril, enquanto o estoque de curto prazo ficou em US$ 56,486 bilhões no fim do mês passado, segundo o BC.
De acordo com a instituição, merecem destaques na dívida externa de longo prazo no ano as amortizações em títulos soberanos (US$ 1,2 bilhão), os desembolsos líquidos de títulos emitidos pelo setor financeiro
(US$ 1,2 bilhão), as amortizações em empréstimos (US$ 3,6 bilhões) e as amortizações em títulos (US$ 1,2 bilhão).
Contribuíram para elevar o estoque de endividamento externo a variação cambial, de US$ 727 milhões, e os preços de títulos soberanos, de US$ 2,2 bilhões.