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Economia

- Publicada em 22 de Maio de 2017 às 17:50

Juro é entrave para varejista buscar crédito e investir

Atividade econômica fraca e demanda do consumidor retraída adia os projetos de muitas empresas

Atividade econômica fraca e demanda do consumidor retraída adia os projetos de muitas empresas


/SPENCER PLATT/GETTY IMAGES/AFP/JC
As altas taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras são o principal motivo para os empresários dos ramos do comércio e serviços não buscarem crédito para investir e desenvolver seus negócios. A constatação é de uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com empresários de todos os portes nas 27 capitais.
As altas taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras são o principal motivo para os empresários dos ramos do comércio e serviços não buscarem crédito para investir e desenvolver seus negócios. A constatação é de uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com empresários de todos os portes nas 27 capitais.
Entre aqueles que nunca recorreram a empréstimos e financiamentos, quatro em cada 10 (38%) atribuem a decisão ao fato de considerarem os juros elevados. A burocracia no processo de aprovação de um empréstimo foi citada por 12% dos entrevistados. Outro motivo é que 44% desses empresários conseguem manter a operação da empresa com recursos próprios. No total, 58% dos varejistas nunca utilizaram, ou ao menos buscaram, crédito na forma de empréstimos ou financiamentos.
Levando em consideração os últimos 12 meses, apenas 9% dos comerciantes e empresários do ramo de serviços tomaram recursos emprestados de terceiros. Outros 5% tentaram fazê-lo, mas não conseguiram, sendo que 3% acabaram desistindo e 2% tiveram o crédito negado.
"Com a demanda do consumidor retraída e a atividade econômica estagnada no País, inclusive com piora dos índices de empregabilidade e de renda, o empresariado brasileiro tem se mostrado pouco interessado em aumentar investimentos em seus negócios. Embora a Selic se encontre em uma trajetória consistente de queda, os juros praticados pelas instituições financeiras seguem altos, o que infelizmente contribui para inibir a busca por crédito", afirma o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.
Pensando no futuro, a maioria (66%) dos empresários não planeja realizar investimentos nos próximos 90 dias. Apenas 22% manifestam essa intenção, enquanto 12% estão indecisos. Mesmo entre a minoria que pretende investir, o capital próprio bancará os investimentos em 60% dos casos. Há ainda 18% que mencionam o capital próprio tendo como origem a venda de algum bem. O empréstimo em bancos e financeiras foi citado por 20%, enquanto o empréstimo com amigos e familiares foi mencionado por 4%.
A pesquisa foi em parceria com o Sebrae com 822 empresários em toda as regiões do País.
 
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