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Economia

- Publicada em 21 de Maio de 2017 às 20:24

Investidor deve ter sangue frio mesmo na renda fixa

Da última quarta-feira para cá, o cenário brasileiro mudou da água para o vinho, deixando uma grande incógnita no mercado financeiro. A crise envolvendo as delações da JBS e o presidente Michel Temer deixou o mercado em ebulição. Na quinta-feira, a bolsa travou as negociações por meia hora, o que não acontecia desde 2008 - recuando mais de 8%.
Da última quarta-feira para cá, o cenário brasileiro mudou da água para o vinho, deixando uma grande incógnita no mercado financeiro. A crise envolvendo as delações da JBS e o presidente Michel Temer deixou o mercado em ebulição. Na quinta-feira, a bolsa travou as negociações por meia hora, o que não acontecia desde 2008 - recuando mais de 8%.
Na sexta-feira, porém, recuperou parte das perdas e fechou em leve alta. Com o dólar, como de costume, o movimento foi o inverso. O dólar comercial fechou o dia com queda de 3,92%, para R$ 3,257. A bolsa subiu 1,69%, para 62.639 pontos. Em meio à volatilidade e ao sobe e desce de preço, especialistas orientam cautela e sangue frio para manter investimentos até segunda ordem - mesmo na renda fixa.
Diante de eventos que causam apreensão e incerteza no mercado, a tendência é de que os preços fiquem instáveis em um primeiro momento e depois sigam determinada direção. Caso o investidor liquide suas aplicações de imediato, pode amargar a subida dos preços logo em seguida.
"É preciso manter a calma, pois a experiência já mostrou que tomar decisão nesse momento de calor traz prejuízo", diz Sandra Blanco, consultora de investimentos da corretora Órama. "Neste momento, não temos por que mudar as recomendações, principalmente na renda fixa."
A orientação dos especialistas, sobretudo para pequenos investidores, continua ser apostar na renda fixa, pelo fato de o País ter o maior juro real do mundo. Os títulos indexados à Selic e ao CDI, indicados para a reserva de emergência e objetivos de curto prazo por sua liquidez, não devem sofrer impacto imediato da instabilidade política, pois acompanham a taxa básica de juros, que é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
Quem tiver investimentos em fundos de renda fixa compostos por papéis prefixados ou indexados à inflação vai sentir neste mês uma rentabilidade menor, porque os títulos sofrem a chamada "marcação a mercado" - que pode tentar os investidores a resgatar o título e sair perdendo.
"O mercado futuro é nervoso, formado por expectativas. Quando há uma indefinição, imediatamente no mercado futuro as taxas sobem", explica a professora da Fundação Getúlio Vargas, Myrian Lund, especialista em finanças. "Mas, mesmo que haja volatilidade, a orientação é carregar o título até o final, para que o investidor ganhe todo o juro contratado."
Já para quem quer entrar agora na renda fixa, adquirir papéis prefixados ou atrelados à inflação, como o Tesouro IPCA , é uma boa opção. "Os títulos públicos aumentaram a taxa de juros. Os prefixados, que estavam abaixo de 10%, na sexta-feira estavam em torno de 11,5%", diz Myrian.
 
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