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Economia

- Publicada em 21 de Maio de 2017 às 19:45

Nota de crédito do Brasil pode ser rebaixada novamente

Algo descartado pelo mercado até poucos dias atrás, o risco de um novo rebaixamento da nota de crédito do Brasil voltou a ser discutido por economistas em razão da crise política, intensificada com a delação de Joesley Batista.
Algo descartado pelo mercado até poucos dias atrás, o risco de um novo rebaixamento da nota de crédito do Brasil voltou a ser discutido por economistas em razão da crise política, intensificada com a delação de Joesley Batista.
Para o Deutsche Bank, é seguro dizer que o risco de novos rebaixamentos aumentou significativamente, ainda que seja cedo para concluir algo sobre o destino das reformas previdenciária e trabalhista. Economista do banco japonês Nomura, João Pedro Ribeiro não enxerga uma disposição imediata para um rebaixamento no rating, mas diz que, se as chances de aprovação da reforma da Previdência continuarem pequenas, a queda na classificação se tornará uma possibilidade bem real.
O Brasil está dois níveis abaixo do grau de investimento (o selo de bom pagador, espécie de reconhecimento de que o País é um lugar seguro para os investidores) nas três principais agências de classificação de risco: Fitch, S&P e Moody's.
Fitch e S&P mantêm perspectivas negativas para o País, enquanto a Moody's alterou a perspectiva da nota para estável no início do ano, em um primeiro sinal de confiança de que o risco de novos reveses para o País fora afastado.
Economistas tinham a avaliação de que Fitch e S&P aguardavam um encaminhamento mais claro das reformas para, possivelmente, melhorar a sinalização. E até os mais pessimistas descartavam um novo rebaixamento.
A Fitch informou na sexta-feira que manteve a nota de crédito do Brasil em grau especulativo, citando incertezas na recuperação econômica, preocupações políticas e fraqueza estrutural das finanças.
Já a Moody's disse que as alegações envolvendo o presidente Michel Temer prejudicam a perspectiva de crédito, ameaçando paralisar ou reverter o momento positivo na economia.
Marcos Mollica, gestor da Rosenberg Investimentos, diz que as delações farão as agências olharem com mais cuidado a situação do País, mas não são suficientes para rebaixar a nota. Se a reforma da Previdência não for aprovada, porém, a avaliação é outra: "Há risco de rebaixamento, sem dúvida".
Para James Gulbrandsen, chefe de investimentos para a América Latina da NCH Capital, gestora americana especializada em mercados emergentes, a probabilidade de as reformas continuarem neste momento é muito baixa e o estrangeiro está mais focado na resolução da corrupção do País. "Se as alegações forem provadas e Temer não sair do cargo, o investidor vai resgatar o investimento dele e não vai voltar logo."
Alejandro Werner, diretor do departamento do Hemisfério Ocidental do FMI considera cedo para traçar um cenário para o País. Ele destaca a importância de o Brasil "manter foco nas reformas", sobretudo a da Previdência.
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