Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 21 de Maio de 2017 às 18:46

Equipe econômica tenta frear onda de pessimismo

Para acalmar o mercado, Meirelles ligou para bancos e gestores

Para acalmar o mercado, Meirelles ligou para bancos e gestores


/EVARISTO SA/AFP/JC
Apesar da gravidade da crise política, a posição da equipe econômica é que a turbulência terá impacto temporário sobre a economia e que tanto o crescimento do PIB quanto o da arrecadação não serão afetados.
Apesar da gravidade da crise política, a posição da equipe econômica é que a turbulência terá impacto temporário sobre a economia e que tanto o crescimento do PIB quanto o da arrecadação não serão afetados.
Na quinta-feira (18) e na sexta-feira (19), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, telefonou a diversos representantes do mercado financeiro, como bancos e gestores de recursos, para tentar acalmar o mercado sobre as consequências das delações da JBS na atividade econômica.
Na avaliação do Ministério da Fazenda, a economia brasileira é muito mais robusta que no passado, o que blindaria o País de crises políticas com mais facilidade. O déficit externo caiu de 4% para 1,3% do PIB, e a inflação está baixa.
Até mesmo as reformas, na avaliação da equipe econômica, podem demorar alguns meses a mais para serem aprovadas, mas devem passar no Congresso.
Na quinta-feira, dia seguinte à notícia de que o empresário Joesley Batista gravou conversa com o presidente Michel Temer, o dólar avançou 8,68%, para R$ 3,37, e a bolsa caiu 8,8%. No dia seguinte, o mercado recuperou parte das perdas, e o dólar recuou 3,92%, para R$ 3,25. A bolsa subiu 1,69%.
Em meio ao turbilhão causado pelas delações da JBS, a equipe econômica passou a sexta-feira buscando receitas para fechar o Orçamento de 2017, cuja programação, atualizada a cada bimestre, será apresentada hoje.
Desde o mais recente relatório de receitas e despesas, feito a cada dois meses pelo Ministério do Planejamento, o governo concluiu que a arrecadação administrada pela Receita Federal será R$ 6 bilhões menor que a esperada.
Na raiz dessa diferença, estão as concessões feitas pelo governo, antes de instalada a crise política, para atender à pressão por condições mais favoráveis em parcelamentos de dívidas tributárias.
Para cobrir esse buraco, Temer assinou na sexta-feira duas medidas provisórias que vão gerar receitas adicionais nesse mesmo montante.
Foram autorizadas antecipações de outorgas já licitadas de aeroportos no valor de cerca de R$ 2,5 bilhões.
O governo espera arrecadar mais R$ 3,5 bilhões em um novo Refis, voltado para o parcelamento de dívidas com agências reguladoras, autarquias e fundações.
A equipe econômica quer ir além e trabalha para desbloquear parte dos R$ 42 bilhões do Orçamento, quantia congelada em março como parte do esforço para tentar alcançar a meta de déficit neste ano, de R$ 139 bilhões.
A liberação de recursos é considerada necessária porque há despesas obrigatórias de saúde e com o custeio da máquina administrativa que precisam ser executadas. A decisão sobre o descontingenciamento será tomada nesta segunda-feira.
Além da outorga de aeroportos e de mais um Refis, o governo conta com receitas de precatórios vencidos liberados por autorização judicial, no valor de R$ 4,5 bilhões, para fechar as contas.
Pretende contabilizar também a venda de lotes do pré-sal que serão leiloados no primeiro semestre, no valor de R$ 3,5 bilhões, além de R$ 1,5 bilhão que seria pago em indenização à Cemig neste ano, mas que foi adiada para 2018.
No fim de março, além do bloqueio, o governo anunciou a reoneração da folha de pagamento de cerca de 50 setores da economia. A busca por receitas é feita para contornar um aumento de impostos.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO