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Economia

- Publicada em 19 de Maio de 2017 às 16:13

Empresa cria tecnologia para casas inteligentes

Tecnologia permite controlar lâmpadas e eletrônicos por meio de interruptores

Tecnologia permite controlar lâmpadas e eletrônicos por meio de interruptores


BEYOND/DIVULGAÇÃO/JC
Guilherme Daroit
Automatizar a casa sem grandes custos nem obras é o principal cartão de visitas da startup gaúcha Beyond
Automatizar a casa sem grandes custos nem obras é o principal cartão de visitas da startup gaúcha Beyond
Domotics. Fruto de um projeto universitário e dois aportes de capital, a empresa desenvolveu tecnologia que permite controlar lâmpadas, eletrônicos e até mesmo simples aparelhos elétricos de uma casa a distância, além de permitir a gestão do consumo de energia. Para isso, basta uma rede de internet sem fio e a substituição de interruptores e tomadas da casa pelos produtos da empresa.
"Fala-se em automação residencial desde os anos 1980, mas até hoje não virou realidade por ser algo muito complexo para instalar e muito caro", analisa o sócio da Beyond, Felipe Delvan. "Desenvolvemos uma tecnologia que possibilita fazer tudo aquilo, porém usando conceitos de Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), e, de quebra, com uma redução de custos que chega a 80%", continua o engenheiro eletricista, que criou o embrião do que viriam a ser os equipamentos em seu trabalho de conclusão de curso, em 2008.
A instalação, na verdade, pode levar minutos: basta substituir os interruptores ou tomadas tradicionais pelos produtos da Beyond, sem necessidade de outras adaptações. Cada aparelho permite três canais de alimentação diferentes, que podem controlar as lâmpadas dos ambientes, por exemplo. No caso da tomada inteligente, pode-se controlar até aparelhos elétricos tradicionais ligando-os àquela saída de luz. "Conseguimos assim conectar até uma cafeteira comum na internet, podendo ligá-la e desligá-la a distância, agendar horários e ver quanto está consumindo", conta Delvan.
Já para os aparelhos eletrônicos da casa, como ar-condicionado, televisão e home theater, basta um equipamento. Por meio de emissores de infravermelho, as plataformas conseguem controlar os eletrônicos como se fossem os seus controles remotos, baixando automaticamente a programação de bibliotecas na internet. Como as plataformas possuem um sistema de encaixe magnético, é possível trocar tomadas e interruptores conforme a necessidade. Tudo é controlado por um aplicativo para smartphones, que possui outras funcionalidades como a configuração de parâmetros de luminosidade e temperatura para festas e jantares, por exemplo. O programa também faz o controle de gasto de energia discriminado por aparelho elétrico.
"Investimos também em design, com tela touchscreen e acabamento em vidro, para transformá-los em itens de decoração de interiores", conta Delvan, lembrando que a beleza, muitas vezes, é decisiva para a compra de itens para a casa. Empresas de decoração, aliás, são parte dos 15 revendedores espalhados pelo País, rede integrada também por vendedores de automação residencial. Os produtos, nas cores preta e branca, também são vendidos pelo site da Beyond, com preços a partir de R$ 1.299,00.
Instalada na Raiar, incubadora vinculada ao Tecnopuc, outro braço comercial da Beyond é o canal direto com construtoras, que utilizam os produtos em novos empreendimentos imobiliários. Embora nesses casos o volume de vendas seja muito maior pelo grande número de apartamentos em cada edificação, Delvan não aposta todas as fichas no canal. "Por aí, nosso produto só vai estar disponível para o cliente em 2018 ou 2019, quando os prédios forem entregues. Não podemos esperar tanto assim", argumenta o engenheiro eletricista, que conta com a aceitação e posteriores indicações para que a empresa deixe o estágio atual de "breakeven" - igualando receitas e despesas.
O cenário atual, porém, já é um passo importante para a startup, iniciada em 2013 e apoiada desde lá por dois aportes de capital, que permitiram o aprimoramento da tecnologia e o lançamento dos produtos no mercado no ano passado. Com uma equipe de 12 pessoas, a empresa encomenda o processo fabril a uma indústria de Cachoeirinha. "Por ser um produto que quebra paradigmas, a inserção é um pouco mais lenta, mas, quando dobra a curva do joelho, vai mais rápido. Estamos no caminho", afirma Delvan.
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