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Mercado de Capitais

- Publicada em 11 de Maio de 2017 às 19:50

Petrobras lucra R$ 4,4 bilhões no 1º trimestre

Investimentos totalizaram R$ 11,5 bi nos primeiros três meses do ano

Investimentos totalizaram R$ 11,5 bi nos primeiros três meses do ano


ANDRÉ MOTTA/ANDRÉ MOTTA/AGÊNCIA PETROBRAS/JC
A Petrobras reportou lucro líquido de R$ 4,449 bilhões no primeiro trimestre deste ano, ante prejuízo de R$ 1,246 bilhão no mesmo período de 2016 e lucro de R$ 2,510 bilhões nos três meses imediatamente anteriores, conforme os números atribuíveis aos acionistas.
A Petrobras reportou lucro líquido de R$ 4,449 bilhões no primeiro trimestre deste ano, ante prejuízo de R$ 1,246 bilhão no mesmo período de 2016 e lucro de R$ 2,510 bilhões nos três meses imediatamente anteriores, conforme os números atribuíveis aos acionistas.
De acordo com a petroleira, o resultado foi determinado por menores gastos com importações de petróleo e gás natural, pela maior participação do óleo nacional na carga processada e pela maior oferta de gás nacional; pelo aumento de 72% nas exportações, que atingiram 782 mil barris/dia, com preços médios de petróleo mais elevados; pela redução de 27% nas despesas com vendas, gerais e administrativas; pela queda de 11% nas despesas financeiras líquidas e por menores gastos com baixa de poços secos e/ou subcomerciais e com ociosidade de equipamentos.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da petroleira foi de R$ 25,254 bilhões, alta de 19% em relação ao mesmo intervalo de 2016 e aumento de 2% ante o quarto trimestre do ano passado. A margem do Ebitda ajustado foi de 37% no período em questão, informou a companhia. A receita líquida somou R$ 68,365 bilhões no primeiro trimestre, o que significa um recuo de 3% tanto na comparação anual quanto na trimestral.
O resultado financeiro líquido da estatal ficou negativo em R$ 7,755 bilhões no trimestre encerrado em março, ante uma cifra negativa em R$ 8,693 bilhões de igual trimestre de 2016 e despesas financeiras líquidas de R$ 5,309 bilhões no quarto trimestre de 2016.
Os investimentos totalizaram R$ 11,552 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o que representa um recuo de 26% ante igual intervalo de 2016 (R$ 15,593 bilhões) e de 18% em relação aos desembolsos do quarto trimestre (R$ 14,060 bilhões).
A maior parte dos investimentos nos primeiros três meses do ano foi direcionada à área de Exploração e Produção (E&P), que recebeu R$ 9,385 bilhões (-32% antes o mesmo trimestre de 2016). Na sequência, apareceram os setores de Gás & Energia, com R$ 1,149 bilhão ( 293%); Abastecimento, com aporte de R$ 835 milhões (-12%); Corporativo, com R$ 85 milhões (-59%); Distribuição, com R$ 71 milhões (-28%); e Biocombustível, com R$ 18 milhões (-93%).

Ibovespa avança 0,28% em terceira alta consecutiva

A bolsa brasileira teve, nesta quinta-feira, sua terceira alta consecutiva, mas já com sinais de perda de fôlego. O noticiário doméstico escasso e a queda das bolsas de Nova Iorque promoveram um pregão de oscilações contidas e volume financeiro moderado. O Índice Bovespa terminou o dia aos 67.537 em alta de 0,28%. O volume de negócios na B3 somou R$ 7,8 bilhões.
Os preços do petróleo voltaram a subir nos mercados de Londres e Nova Iorque, o que contribuiu para o viés positivo ao longo do dia. Ainda assim, as ações da Petrobras enfrentaram instabilidade, terminando o dia com sinais diferentes. Petrobras PN terminou o dia em alta de 0,61%, enquanto Petrobras ON, preferida dos investidores estrangeiros, recuou 0,20%. A queda do minério de ferro no mercado chinês contribuiu para as quedas das ações da Vale.
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Ganho do Banco do Brasil quase dobra e vai a R$ 2,5 bilhões

O Banco do Brasil (BB) irá buscar, no decorrer do ano, uma melhora de sua rentabilidade. Para isso, pretende manter o controle das despesas e buscar operações que garantam maior margem à instituição financeira. Essa estratégia já foi responsável por parte do crescimento de 95,6% no lucro recorrente (sem efeitos extraordinários) do banco no primeiro trimestre, que chegou a R$ 2,515 bilhões.
O lucro líquido contábil foi de R$ 2,443 bilhões, 3,6% superior a igual período de 2016. "Não estamos priorizando a participação de mercado. Estamos preocupados com a rentabilidade. O nosso objetivo é buscar uma rentabilidade próxima de nossos pares", disse Paulo Caffarelli, presidente do BB.
No primeiro trimestre do ano, o retorno sobre o patrimônio líquido do banco chegou a 10,4%. É uma melhora em relação a igual período de 2016, quando ficou em 5,6%. No entanto, é bem inferior ao patamar de Itaú Unibanco e Bradesco, que ficam em torno de 20%. Segundo o executivo, a mudança do mix do crédito permitiu o aumento da margem bruta de 0,8%. Isso ocorreu apesar do total do crédito ter caído 11,4% no primeiro trimestre, para R$ 688,7 bilhões. "É possível melhorar a margem sem elevar os juros. Estamos repassando a queda da Selic, mas não vamos deixar de fazer a nossa lição de casa", afirmou.
Essa melhora de margem foi possível com o aumento das concessões de crédito para pessoa física, como consignado e crédito imobiliário, que possuem melhores margens de ganho para os bancos que as linhas destinadas a grandes empresas.
Em relação ao crédito, o BB vê uma melhora das concessões no segundo trimestre, mas que a retomada dessas operações deve ficar mais evidente no segundo semestre, à medida que a economia dê sinais mais claros de crescimento. Para o ano, o BB espera que a carteira de crédito cresça entre 1% e 4%. A redução das provisões com devedores duvidosos, no entanto, foi o principal fator para a alta do lucro. A queda foi de 26,6%, para R$ 6,7 bilhões. Essa redução da despesa é justificada pelo fato de o banco esperar uma estabilização na inadimplência, que chegou em março a 3,89%, ante 3,29% em dezembro e 2,59% em março de 2016. A alta, segundo o BB, foi acusada por a grande empresa em recuperação judicial. Sem esse fator, os atrasos acima de 90 dias teriam ficado em 3,47%.
Já para a redução dos custos, o BB espera a ampliação das operações pelos canais digitais. O objetivo é que seu cliente concentre suas operações, em detrimento das operações que faziam em outras instituições (no caso dos clientes que operam com mais de um banco).
Segundo a instituição, as rendas de tarifas de administração de fundos e de contas-correntes foram, respectivamente, maiores em 29,3% e 11,3%, frente ao primeiro trimestre de 2016. A despesa de pessoal, por sua vez, caiu 10,2%.

Com venda de parte do capital, XP cancela IPO

Após o Itaú confirmar que negocia a compra de parte da XP Investimentos, a corretora terá seu pedido de IPO (abertura de capital na bolsa) cancelado. O contrato prevê que o Itaú tenha preferência de compra de até 75% da corretora. Agora, o banco comprará 49%, com o controle permanecendo na mão do sócio fundador, Guilherme Benchimol, e outros minoritários.
O valor, segundo uma fonte, deve ficar em torno de R$ 6 bilhões, com injeção extra de capital entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões. O Itaú, além de ter capital de sobra, é conhecido por um histórico de aquisições relevantes. Em 2016, comprou a operação de varejo do Citi no Brasil.