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Economia

- Publicada em 09 de Maio de 2017 às 19:39

Desafio para Odebrecht Construtora está em leniências e Bndes, avalia Fitch

Agência Estado
O maior desafio da Odebrecht Engenharia e Construção (OEC) é manter a carteira de contratos (backlog), e disso depende o fechamento dos acordos de leniência em 11 países e a resolução de US$ 500 milhões em desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), que estão dependendo de aval do banco de fomento. A agência não acredita, entretanto, que o Bndes irá liberar a linha. A avaliação é do analista sênior da Fitch para o setor de construção pesada, Alexandre Garcia, durante evento realizado nesta terça-feira (9), em São Paulo. A agência classifica a companhia no patamar CC, que reflete perspectiva de default da companhia.
O maior desafio da Odebrecht Engenharia e Construção (OEC) é manter a carteira de contratos (backlog), e disso depende o fechamento dos acordos de leniência em 11 países e a resolução de US$ 500 milhões em desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), que estão dependendo de aval do banco de fomento. A agência não acredita, entretanto, que o Bndes irá liberar a linha. A avaliação é do analista sênior da Fitch para o setor de construção pesada, Alexandre Garcia, durante evento realizado nesta terça-feira (9), em São Paulo. A agência classifica a companhia no patamar CC, que reflete perspectiva de default da companhia.
"Vemos grandes desafios para esse grupo, que é chegar a acordos de leniência em 11 países e, com isso, destravar a carteira de projetos. A companhia tem ainda US$ 500 milhões sob análise do Bndes e não esperamos a recuperação dessa linha", acrescentou.
Em conversa com o Broadcast, Garcia explicou que os acordos de leniência podem levar mais tempo do que a empresa estima e não descartou que haja disputa em relação as multas. Ele explicou que o acordo de leniência estabeleceu multa para o grupo adequada à capacidade de pagamento ao longo dos próximos anos, de modo a não prejudicar a sobrevivência das empresas.
Isso significa que os próximos acordos a serem fechados serão pagos com os mesmos US$ 6 bilhões já previstos no acordo fechado com Brasil, Estados Unidos e Suíça, lembrando que EUA e Suíça receberão suas partes no total. "Apenas o Brasil parcelou a multa e, portanto, o País pode ter de dividir sua cota com outros países", afirmou. Ele não descarta questionamentos por conta disso por parte do Brasil, com potencial de complicar a retomada dos contratos de prestação de serviços pela construtora.
Garcia afirmou também que a multa acertada no acordo de leniência fechado recentemente com a Republica Dominicana pode ser uma referência para os demais.
De toda forma, apesar de a Fitch estar próxima ao patamar de classificação que considera um calote da companhia, ele não vê a construtora na iminência de pedido de recuperação judicial, uma vez que a conclusão da venda da Odebrecht Ambiental para a Brookfield dá fôlego ao grupo.
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