O comércio varejista de material de construção vendeu, em todo o País, 15% menos em abril em relação a março, mas, no acumulado desde janeiro, o setor ampliou os negócios em 3%. Nos últimos 12 meses, o resultado é de uma queda de 8%. Os dados são de pesquisa da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) que apurou o desempenho de 530 lojistas nos últimos cinco dias de abril.
Comparado com abril de 2016, o resultado é de estabilidade, segundo a entidade. Por meio de nota, o presidente da Anamaco, Cláudio Conz, atribuiu o recuo sobre março à concentração de feriados em abril. Ele acrescentou que, tradicionalmente, esse período é de vendas mais modestas.
A Anamaco manteve a previsão de crescimento de 3% do setor este ano. Destacou as projeções otimistas de crescimento a partir da melhora no acesso ao crédito nos bancos para reforma ou construção e também os incentivos criados pelo governo, como, por exemplo, o do Cartão Reforma, em vigor desde a última sexta-feira.
O cartão é voltado para famílias de baixa renda que recebem até três salários-mínimos (R$ 2,8 mil) com limite de crédito de até R$ 5 mil para realizar a compra de materiais de construção. "Isso deve ter um impacto muito positivo no nosso setor", disse o presidente da Anamaco. Segundo a entidade, 65% dos lojistas acreditam que em maio possam recuperar parte das vendas.
Ontem, o governo lançou um site (cartaoreforma.cidades.gov.br) para o cadastro de municípios e estados que querem que famílias recebam o cartão reforma. O programa-piloto - que pretende atender pelo menos 85 mil famílias neste ano - deve começar em 30 dias.
O investimento não necessariamente tem de ser em imóvel próprio, basta ter um documento que comprove a posse. O beneficiário é responsável pela mão de obra. Se ele não cumprir a sua parte, perde o direito de participar de outro programa social do governo.